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Bienal da UNE debate no Rio a língua portuguesa com eventos na Lapa

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A 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) começa amanhã (1), com atividades na Fundição Progresso, que abriga atividades culturais durante o ano inteiro, no Circo Voador e  nos Arcos da Lapa, na região central do Rio de Janeiro,  tendo como meta debater a língua portuguesa na sua brasilidade, com o tema central “#VozesdoBrasil“.

A bienal ocorre a cada dois anos desde 1999 e é considerada o maior festival estudantil da América Latina. A coordenadora geral do evento, também diretora de Cultura da UNE, Patrícia Matos, informa que, em cada cidade que sedia a bienal, há a preocupação de mostrar a produção cultural e artística universitária, “além de debater temas relacionados à formação da identidade cultural do povo brasileiro”.

“A bienalvai trazer várias figuras do campo da literatura, da lingüística e da academia para fazer uma discussão sobre esse tema”. Grupos estudantis das cinco regiões brasileiras também abordarão a cultura nacional, em suas diversas linguagens. Uma equipe de 80 pessoas de todo o país, incluindo sete coordenadores de áreas artísticas e do conhecimento (música, artes visuais, literatura, audiovisual, artes cênicas, ciência e tecnologia e projetos de extensão), está na capital fluminense desde dezembro passado,  acertando os últimos detalhes da bienal, que se estenderá até o dia  6 de fevereiro.

Patrícia disse que a expectativa é receber um público de 10 mil estudantes durante o festival. Para marcar o encerramento do evento, ocorrerá uma “culturata”, misto de cultura e passeata, quando “vamos apresentar as nossas pautas, de forma irreverente”, anuncia a coordenadora geral. Os seis dias da bienal serão marcados por shows, atividades culturais e esportivas, mostras científicas, oficinas  e debates.

Mais de 1.500 trabalhos se inscreveram para a 9ª Bienal da UNE, de todos os estados do país, inclusive de municípios do interior. O número é recorde na a história do evento, segundo Patrícia Matos. “Para nós, isso é muito feliz, porque dessa forma a gente consegue representar melhor a diversidade que tem o nosso país nessas produções”, diz ela.

No espetáculo de abertura, programado para amanhã, às 17 horas, os organizadores pretendem “trazer um pouco da reflexão que a UNE sempre fez sobre a formação histórico-cultural do povo brasileiro a partir da língua”. Será dado destaque à produção literária que marcou o país, como ocorreu  na Semana de Arte Moderna de 1922, por meio da figura do escritor Mário de Andrade, comenta a diretora. A UNE espera a participação de representantes dos ministérios da Educação e da Cultura, entre outras autoridades.

A Bienal da UNE já teve como sedes as cidades de Salvador, nos anos 1999 e 2009;  Recife e Olinda (2003 e 2013, respectivamente); São Paulo (2005); e Rio de Janeiro (2001, 2007,  2011 e, agora, 2015). A principal proposta do festival é valorizar a identidade nacional e interligar as produções juvenis de todas as regiões brasileiras, ressalta a assessoria de imprensa da entidade.