ASSINE
search button

'El País': Em um mundo mais quente, quem perde é a América Latina

Região não é a que mais produz gases de efeito estufa. Porém, corre mais riscos climáticos

Compartilhar

O El País publicou nesta quinta-feira uma matéria sobre o aquecimento global e seus efeitos no continente latino-americano. “As doenças endêmicas recrudescem, os desastres naturais são o pão de cada dia mas os alimentos não chegam à mesa. Não é produto da imaginação de produtores de Hollywood mas de projeções científicas, que falam de uma América Latina muito mais quente se persistir o nível de emissões de gases nocivos”, escreve Stacy Morford.

“Os impactos são severos, segundo afirma o informe ‘Baixemos a temperatura’, do Banco Mundial. A região corre o risco de ver desaparecer algumas de suas belezas naturais mais preciosas, como as geleiras andinas, as praias do Caribe ou a selva amazônica. E também seus recursos naturais: mais de 50% da pesca no Caribe, como consequência da acidificação dos oceanos. E a saúde humana também está em discussão: com 4ºC graus a mais, os casos de dengue aumentariam 40% no México, por exemplo”, prossegue Morford, que é editora online do Banco Mundial.

“Ainda assim, é previsto um impacto severo sobre as atividades econômicas, pondo em risco os ganhos econômicos e sociais da região, que na última década conseguiram tirar milhões da pobreza e provocaram um aumento sem precedentes de sua classe média.

Sem uma redução drástica na emissão de gases de efeito estufa, é previsto que no final do século a temperatura média do planeta seja 4ºC mais alta, e seus efeitos já estão começando a ser aparecer. Este infográfico mostra as principais consequências deste fenômeno e delineia algumas ações que poderiam tomar os governos para lhe fazer frente”, conclui a matéria do El País.