ASSINE
search button

Sonda indiana entra na órbita de Marte

Mangalayaan é saudada com "namastê" por sonda dos EUA

Compartilhar

A sonda espacial indiana Mangalayaan entrou nesta quarta-feira (24), na órbita de Marte, após uma viagem de 650 milhões de quilômetros. A informação sobre o projeto chamado Mars Orbiter foi confirmada pela Organização para Pesquisas Espaciais da Índia (Isro), em Bangalore.

    A Mangalayaan foi recebida com um tweet enviado pela equipe da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) que comanda a sonda Curiosity Rover, há dois anos na órbita marciana. "Namaste @Mars Orbiter", postou a Nasa, em referência à popular saudação indiana. A resposta da equipe da Mangalayaan foi "Howdy @ MarsCuriosity", citando termo de saudação usado nos EUA.

    A sonda realizará trabalho de pesquisa sobre atmosfera do planeta, a presença de gás metano e possibilidades de seres vivos. Ela também deverá enviar imagens aos pesquisadores, na Índia.

    "É um grande passo para a Índia. O início de um esplendoroso futuro para a nação", afirmou o cientista Amitabh Pandey, envolvido no projeto da sonda, que ocorre quase simultâneo a outro projeto da Nasa, a sonda Maven, que entrou a dois dias na órbita de Marte.

Na sede do Isco, o presidente indiano Narendra Modi acompanhou o acionamento dos motores da sonda Mangalayaan, ao entrar na órbita de Marte. Ao cumprimentar os cientistas pelo feito, enalteceu o investimento. "O custo desta iniciativa é inferior ao orçamento de muitos filmes de Hollywood", disse Modi. Segundo informações, o custo da Mangalayaan foi de U$ 74 milhões (R$ 177 milhões). A sonda Maven, da Nasa, teria custado U$ 671 milhões (R$ 1,6 bilhão).

    Com o sucesso da missão, a Índia entrou no restrito grupo de nações que adentraram na órbita do planeta. Antes, apenas Estados Unidos, Rússia e União Europeia haviam conseguido completar essa missão. O projeto também é marcante na disputa regional na Ásia, já que a China está atrasada em seus projetos para a conquista do chamado "planeta vermelho". (ANSA)