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Cerca de 7,1 milhões de brasileiros usam Wi-Fi do vizinho, diz pesquisa

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Cerca de 7,1 milhões de brasileiros navegam pela internet usando o sinal de Wi-Fi do vizinho, indicou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo instituo Data Popular. Os dados, apontados a partir de um estudo com uma amostragem de 2 mil pessoas em 100 cidades do país, levou em conta o número total de internautas brasileiros.

Na semana passada, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília, negou por unanimidade o recurso do Ministério Público Federal (MPF) que considerava crime o compartilhamento de sinal de internet.

Segundo a pesquisa, a classe média é a que mais usa o sinal de internet fornecido por algum vizinho: 10% dos que navegam frequentemente em casa. Nas classes baixa e alta, o percentual cai para 4%.

Segundo Renato Meirelles, presidente do Data Popular, a prática de compartilhamento de sinal de internet é mais comum em casos de pacotes de assinatura com velocidades mais elevadas. "Isso explica a razão para que a proporção de internautas de classe baixa seja menor que o percentual verificado na classe média", diz. "Enquanto a classe baixa possui uma internet de menor capacidade de navegação, a classe média tem, em geral, um sinal de conexão com velocidades altas, permitindo a sua distribuição entre vizinhos sem a perda da qualidade", analisa.

Quando analisada por faixa etária, o compartilhamento de sinal aparece em maior proporção entre os internautas de 16 até 25 anos. Dois em cada 10 jovens afirmam navegar pela rede através de sinal compartilhado. Em seguida, aparecem os usuários entre 26 e 39 anos (8% dos que fazem parte desse perfil) e os de 40 até 59 anos (3%). Internautas com idades a partir de 60 anos dizem não ter acesso à rede fornecida por vizinhos. 

O instituto também segmentou o público usuário de internet compartilhada por região. Apesar de os percentuais serem muito próximos, o Sudeste foi o campeão, com 8% de seus internautas compartilhando o sinal, seguido do Norte (7%), Nordeste (6%) e Sul e Centro-Oeste (5% cada).