ASSINE
search button

Obesidade: um mal do século XXI que atinge o Brasil

ABIA coloca o tema em discussão nesta terça (13/8)

Compartilhar

A obesidade vem se tornando um grande problema mundial, principalmente nos países emergentes e no Brasil a situação não é diferente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil mais de 65 milhões de pessoas, cerca de 40% da população, está com excesso de peso e desse total, aproximadamente 10 milhões são considerados obesos. Atenta a essa tendência a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) comemora seus 50 anos de criação com o seminário “Obesidade: uma ampla visão”, que será realizado nesta terça-feira (13/8), em Brasília.

A ABIA também vem, desenvolvendo um trabalho em parceria com o Ministério da Saúde para redução do sal nos produtos alimentícios processados. A principal origem de ingestão de sódio pelo brasileiro é o sal de cozinha, que representou 71,5% do total do nutriente ingerido no País, entre 2008 e 2009. A conclusão pertence ao estudo Cenário do Consumo de Sódio no Brasil, recém-elaborado pela Associação, com base em dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF (2008-2009) e da Pesquisa Anual de Serviços (2009), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

A parcela restante do sódio consumido pela população brasileira, tanto nos domicílios como nas refeições fora do lar, teve origem no nutriente contido nos alimentos industrializados (13,8%), no pão francês (6,0%), nos alimentos in natura (4,7%) e nos alimentos semielaborados (4,1%).

O estudo também conclui que, no período analisado, cada brasileiro consumia, diariamente, 1,031 quilos de alimentos e 4,46 gramas de sódio no Brasil, o correspondente a 11,38 gramas de sal, se aplicada a conversão de 1 grama de sódio para 2,55 gramas de sal. De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, o consumo diário de sal não deve ultrapassar 5 gramas.

Participação da indústria

Ainda de acordo com o estudo, os produtos da indústria da alimentação foram responsáveis por apenas 23,8% do total da ingestão de sódio no País, o correspondente ao consumo diário per capita de 1,06 gramas do nutriente ou 2,71 gramas de sal.

O trabalho reconheceu como responsabilidade da indústria da alimentação a ingestão de sódio pelo brasileiro por meio de todo e qualquer produto produzido ou beneficiado pelo setor, independentemente do grau de processamento do alimento e se o sódio contido em sua composição é intrínseco ou foi adicionado no processo de fabricação, o que inclui os alimentos industrializados, os alimentos semielaborados e o pão francês.

Para Edmundo Klotz, presidente da ABIA, as constatações feitas por esse estudo, que denotam uma menor participação da indústria no consumo de sódio no Brasil, não alteram o esforço do setor para reduzir esse nutriente dos alimentos processados.

“A indústria de alimentos tem plena consciência de seu dever e responsabilidade de ofertar ao consumidor alimentos seguros, com qualidade e melhoria contínua do perfil nutricional, o que significa, também, diminuir o teor de sódio dos produtos do setor”, afirmou Klotz. “Os acordos firmados entre a ABIA e o Ministério da Saúde para a redução gradual de sódio em, até aqui, nove categorias de alimentos permanecerão recebendo a mesma dedicação e investimentos da indústria, com objetivo de que sejam atingidas todas as metas definidas”, concluiu.