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FAPESP anuncia 17 novos CEPIDs com investimentos de US$ 680 milhões

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) divulgou os 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs). Os Centros, que reúnem 535 cientistas do Estado de São Paulo e 69 de outros países – na condição de pesquisadores principais ou associados –, serão custeados pela FAPESP e pelas instituições-sede por meio de financiamento de pesquisadores, pessoal técnico e de apoio e de investimentos em infraestrutura, por um período de 11 anos.

O investimento total estimado é de US$ 680 milhões, sendo US$ 370 milhões da FAPESP e US$ 310 milhões em salários pagos pelas instituições-sede aos pesquisadores e técnicos. Os Centros contarão ainda com fundos adicionais aportados por indústrias parceiras e por outras agências de fomento à pesquisa. Trata-se de um dos maiores investimentos em programa de pesquisa apoiado por agência de fomento já anunciados no Brasil.

“O financiamento de grande porte e de longo prazo permite ousar nos objetivos de pesquisa, garante a consolidação da equipe e, ao mesmo tempo, confere maior escala à pesquisa científica e tecnológica no Estado”, afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP. Cada um dos CEPIDs será apoiado por um comitê consultivo internacional e os resultados e planos de pesquisa serão avaliados pela FAPESP no 2º, 4º e 7º anos.

O processo de seleção mobilizou 150 revisores brasileiros e estrangeiros e um comitê internacional formado por 11 cientistas convidados, além dos comitês internos da FAPESP. As 90 propostas, apresentadas no âmbito do Programa CEPID, foram avaliadas pelo mérito científico, ousadia, originalidade, competitividade internacional e pela qualificação das equipes e suas lideranças.

As 17 propostas aprovadas envolvem os seguintes temas de pesquisa: alimentação e nutrição; vidros e cerâmica; materiais funcionais; neurociência e neurotecnologia; doenças inflamatórias; biodiversidade e descoberta de novas drogas; toxinas, resposta imune e sinalização celular; neuromatemática; ciências matemáticas aplicadas à indústria; obesidade e doenças associadas; terapia celular; estudos metropolitanos; genoma humano e células-tronco; engenharia computacional; processos oxidantes e antioxidantes em biomedicina; violência; óptica, biofotônica e física atômica e molecular.

As equipes dos CEPIDs têm composição multidisciplinar e são formadas por pesquisadores principais, associados e visitantes, pós-doutores, estudantes de pós-graduação e técnicos, com apoio de pessoal qualificado para a administração e gestão.

A característica mais importante dos CEPIDs é a multiplicidade de sua missão. Além de desenvolver investigação fundamental ou aplicada, focada em temas específicos e objetivos, os Centros devem procurar ativamente oportunidades para contribuir com a inovação por meio do desenvolvimento de meios eficazes de transferência de tecnologia. São também responsáveis por oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio e ao público em geral. Os projetos preveem o envolvimento de estudantes e professores em atividades de investigação e formação e incluem ações de divulgação da ciência.

Novo paradigma para a ciência

O Programa CEPID foi iniciado pela FAPESP em 2000, com suporte a 11 centros de pesquisa no período de 2001 a 2013. Todos atingiram os objetivos propostos em seus planos de pesquisa, inovação e difusão, constituindo, ao longo do período de financiamento, plataformas translacionais de pesquisa, desde a ciência básica até a aplicação do conhecimento.

Em 2011, foi anunciada uma segunda chamada de pesquisa, por meio da qual foram selecionados os 17 CEPIDs agora anunciados. Sete dos 11 CEPIDs de 2000 ampliaram o seu escopo de investigação e tiveram novos planos de pesquisa, inovação e difusão aprovados no edital de 2011.

O Centro de Estudos da Metrópole (CEM), por exemplo, tendo se consolidado como um centro de referência na observação georreferenciada de cidades, ampliará o foco de investigação para analisar o papel das políticas do Estado na redução da pobreza e da desigualdade.

Os novos Centros, selecionados no edital de 2011, iniciam as atividades em 2013.

Agência Fapesp