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Mesma base genética é encontrada em cinco tipos de doença mental, diz NYT

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As doenças psiquiátricas parecem muito diferentes - esquizofrenia, transtorno bipolar, autismo, depressão, déficit de atenção da hiperatividade. No entanto, eles compartilham diversas falhas genéticas que podem deslocar o cérebro ao longo de um caminho para a doença mental, os pesquisadores relatam.  Quando a doença se desenvolve acredita-se que dependa de outros fatores genéticos ou ambientais, diz artigo publicado no The New York Times assinado por Gina Kolata. 

O estudo, publicado on-line quarta-feira (27) na revista The Lancet, foi baseado em um exame de dados genéticos de mais de 60 mil pessoas em todo o mundo. Seus autores dizem que é o maior estudo genético de transtornos psiquiátricos. Os achados reforçam uma visão emergente de doença mental que tem como objetivo fazer diagnósticos com base nas aberrações genéticas subjacentes às doenças em vez de os sintomas da doença, prossegue o artigo. 

De acordo com a reportagem, o novo estudo descobriu quatro regiões do DNA que conferem um pequeno risco de transtornos psiquiátricos. Para duas delas, não está claro no que os genes estão envolvidos ou o que fazer, disse o Dr. Jordan Smoller, principal autor do estudo e professor de psiquiatria na Harvard Medical School e do Hospital Geral de Massachusetts. As outras duas, no entanto, envolvem genes que fazem parte dos canais de cálcio, utilizados quando os nervos enviam sinais ao cérebro. 

Existem medicamentos no mercado que bloqueiam os canais de cálcio – eles são utilizados para tratar a pressão alta - e os pesquisadores já haviam postulado que poderiam ser úteis para o transtorno bipolar mesmo antes dos resultados atuais. "Precisamos ter certeza de que é seguro e de que funciona", disse o Dr. Roy Perlis, do Massachusetts General Hospital, conclui o texto no NYT.