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Jornal espanhol 'El País' destaca papel da Fapesp

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El País, principal jornal da Espanha, destacou o papel da Fapesp no desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil, em entrevista com Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, publicada em 8 de janeiro.

“O Estado de São Paulo dedica à pesquisa e desenvolvimento um esforço maior do que o da Espanha, tem um financiamento da ciência estável e garantido por lei e faz a gestão de seus programas científicos com critérios internacionais (...) Dessa vigorosa política científica se ocupa a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo”, escreveu o jornal, ressaltando que na Espanha não há agência de fomento à pesquisa nos moldes da Fapesp.

El País falou com Brito Cruz durante o simpósio “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP”, realizado em dezembro nas cidades de Salamanca e Madri.

Na entrevista, Brito Cruz detalha o sistema de ciência e tecnologia em São Paulo – onde o percentual de investimento no setor com relação ao PIB é maior do que o da Espanha – e a participação da FAPESP, cujo orçamento anual correspondente a 1% do total da receita tributária do Estado.

“Em 2011, recebemos um total de 454 milhões de euros e os estatutos da FAPESP especificam que não se pode dedicar mais do que 5% para as despesas com a administração, ou seja, 95% tem que ir para o apoio à pesquisa”, disse Brito Cruz.

O diretor científico também explicou como funciona a sistemática de análise das propostas de pesquisa recebidas pela FAPESP e a importância para a Fundação de se estabelecer acordos de cooperação com instituições e empresas do Brasil e do exterior para que a ciência feita no país “tenha mais impacto mundial”.

“Um desafio importante são os recursos humanos, uma vez que temos poucos pesquisadores e queremos ter mais”, disse Brito Cruz, ressaltando que o Estado de São Paulo está aberto a cientistas da Espanha e de todo o mundo.

“Que [os pesquisadores espanhóis] venham a São Paulo, onde serão bem-vindos. Se não têm trabalho na Espanha, podem vir logo a São Paulo e, quando a crise acabar, podem regressar, se quiserem. Nós estamos abertos”, disse.

Agência Fapesp