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Unifesp lança site para alertar sobre os riscos do consumo abusivo de álcool

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A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e em parceria com pesquisadores do México, Bielorrússia e Índia e das Universidades Federais de Juiz de Fora e do Paraná lançou, no dia 6 de dezembro, um site destinado para pessoas que fazem uso de risco de álcool.

Com o objetivo de fornecer informações relacionadas ao alcoolismo no Brasil e no mundo, o site é destinado aos profissionais da área da saúde e à população em geral e está sendo lançado simultaneamente nos outros países envolvidos. Além disso, conta com a ferramenta Bebermenos – um programa de intervenção com o internauta que mostra a importância da detecção do uso do álcool precoce em usuários de risco.

O site faz parte do plano de atividades estratégicas para a redução do uso nocivo do álcool no mundo e conta com colaboração do Instituto Trimbos da Holanda.

De acordo com a professora Maria Lucia Formigoni, chefe do departamento de Psicobiologia da Unifesp, vários problemas graves de saúde são decorrentes do consumo abusivo do álcool. Entre eles, cirrose hepática, anemias, hipertensão, diversos tipos de cânceres e doenças neurológicas, além da possibilidade de malformações dos fetos.

Atualmente, cerca de 2,5 milhões de mortes acontecem por ano e são atribuídas ao uso em excesso do álcool.

“Em geral, os usuários de substâncias psicotrópicas, como o álcool, procuram os serviços especializados em uma fase muita avançada do problema”, explicou Formigoni. “Como a internet é um meio de busca diária crescente de informações e de fácil acesso, o desenvolvimento de uma plataforma on-line, com uma intervenção dirigida aos usuários de risco, se faz necessária. Isso pode trazer benefícios plausíveis, considerando-se que uma intervenção em fases iniciais melhora o prognóstico”, avaliou.

A especialista esclarece que nada pode substituir o tratamento e cuidado de um profissional, principalmente para casos graves, mas o site permite alcançar pessoas que não sabem que estão em um padrão de risco.

“O público será alertado sobre a possibilidade de ter problemas relacionados ao uso do álcool. Dessa forma, o projeto pode funcionar como uma primeira abordagem, antes de o indivíduo procurar tratamento”, afirma.

Após o lançamento, serão feitas avaliações de uso e efetividade do site que pode ampliar seu alcance para tabaco e outras substâncias psicotrópicas.

Agência Fapesp