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IBGE: rochas sedimentares predominam e abrigam muita água doce

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O Banco de Dados e Informações Ambientais (BDIA) sobre os recursos naturais da Amazônia Legal (AM Legal), divulgado hoje pelo IBGE, mostram que quase 2/3 das rochas superficiais da Amazônia são de natureza sedimentar, sendo o restante dividido em partes aproximadamente iguais de rochas ígneas (ou magmáticas, 15%), e de rochas metamórficas (16%), todas com grande potencial de uso direto (sem a necessidade de grandes transformações industriais) na construção civil.

As rochas sedimentares preenchem depressões da crosta terrestre, destacando-se as Bacias Sedimentares do Solimões, Amazonas, Parnaíba e Paraná-Parecis. Parte significativa constitui aquíferos porosos, espécie de reservatórios subterrâneos, capazes de armazenar grandes volumes de água. 

Estima-se que nestas bacias, em conjunto com outras de menor porte como Pantanal, Bananal, Guaporé e Rio Branco, estejam armazenados 101.920 km3 de água doce de boa qualidade. As rochas sedimentares têm ainda potencial de exploração de combustíveis fósseis, como se vê nos campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas. Há boas perspectivas de acumulação dessas substâncias nas bacias costeiras do Maranhão, Pará e Amapá, além de reservas de gás natural no município de Capinzal do Norte (MA).

Nas áreas de rochas sedimentares, há também a possibilidade de serem encontradas jazidas de calcário (utilizáveis na agricultura e no fabrico de cimento); sal-gema e gipsita (fontes de gesso para a medicina e a construção civil); e anidrita (fonte de sulfato e cálcio). Elas abrigam, ainda, a maior parte do ouro, da cassiterita, do diamante e de outros minerais pesados extraídos por garimpagem na Amazônia.