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Bill Gates completa 57 anos com Microsoft em fase de renovação

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O cofundador da Microsoft, filantropo e multibilionário Bill Gates completa 57 anos neste domingo em meio a um período de revitalização da empresa que ainda hoje ajuda a administrar - apesar de estar oficialmente afastado do comando. Enquanto Gates se foca nas ações humanitárias, obtendo resultados positivos, sua companhia passa por um ocaso e tenta se equiparar à concorrência de gigantes como Apple, Facebook e Google: um papel diferente daquele inovador apresentado pela Microsoft em seus primeiros anos.

William Henry Gates III nasceu em 28 de outubro de 1955 em Seattle (Washington) e desde muito jovem se interessou pela informática. Cursou Matemática e Direito em Harvard, mas abandonou os estudos no início da década de 1970 para se dedicar ao empreendedorismo. Empresário visionário e negociador agressivo, fundou a Microsoft em 1975 ao lado de Paul Allen e ajudou a torná-la a empresa mais valiosa do mundo, em 2000. Desde então, porém, a companhia deixou de ditar a vanguarda tecnológica e teve de se adaptar à concorrência - período que coincidiu com a saída de Gates e entrada do ainda hoje diretor-executivo da Microsoft Steve Ballmer: o CEO mais "desastroso" do mundo corporativo americano, segundo a revista Forbes.

Após uma década em que foi ofuscada por gigantes tecnológicas como Apple e Google, a Microsoft aposta em novos lançamentos para recuperar o terreno perdido. Cinco dias antes do aniversário de Bill Gates, a Microsoft lançou um tablet, chamado Surface, e uma nova versão de seu sistema operacional, o Windows 8; não por acaso duas grandes apostas em ramos diferentes: hardware e software. A Microsoft havia, até então, focado seus esforços em softwares - salvo exceções como o sensor Kinect e o console Xbox. São apostas da empresa para se renovar.

O mundo está se movendo à era pós-PC, e a empresa fundada por Bill Gates enfrenta o desafio de participar do período de transição dos desktops para os dispositivos móveis. Com a tentativa de impulsionar o uso do Windows e participar - talvez tardiamente - do mercado de tablets, a empresa procura se adaptar a este período em que o uso de PCs está em declínio (pela primeira vez desde 2001), indicando uma tendência de queda no setor que a Microsoft dominou com seu sistema operacional - ainda hoje o mais utilizado em computadores pessoais no mundo inteiro.

Filantropia

Apesar da decadência da Microsoft, Bill Gates é ainda o homem mais rico dos Estados Unidos, de acordo com o ranking 2012 da revista Forbes, com uma fortuna de US$ 66 bilhões - montante 10% maior que no ano passado. O homem mais rico do mundo da tecnologia é também o mais generoso.

Desde 2000, o empresário optou por se distanciar dos negócios e se concentrar na filantropia, por meio da Fundação Bill e Melinda Gates, fundada em 1999, que leva a cabo numerosos projetos contra a pobreza e as enfermidades em países do terceiro mundo. Ele ainda é o responsável pela iniciativa "The Giving Pledge", que congrega cerca de 70 multimilionários que se comprometem a doar, em vida, metade de suas fortunas para causas do bem.

O dinheiro de Gates vai para fins tão diversos quanto o departamento de Ciências da Computação em Harvard, bibliotecas, projetos em universidades e escolas de nível médio e entidades ligadas à caridade em Seattle. Nos Estados Unidos, o principal projeto da Fundação criada por ele em 1999 é voltado para a educação, principalmente em treinamento de professores. Ao redor do mundo, sua fundação busca contribuir para a erradicação da pobreza, ampliar as oportunidades de educação e melhorar o acesso à atenção sanitária e à tecnologia da informação nas comunidades mais desfavorecidas do planeta.