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Acesso à internet pelo celular triplica em 2011, diz pesquisa 

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O acesso à internet pelos celulares praticamente triplicou de 2010 para o ano passado. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a conexão de usuários de telefone móvel subiu de 5% para 17%, aumento que ocorreu principalmente entre os entrevistados que possuem planos pré-pagos. 

O estudo fez um levantamento para mensurar a presença do computador e da internet nos domicílios brasileiros, e constatou um aumento no acesso à internet por dispositivos móveis, como celulares, computadores portáteis e tablets.

De acordo com Alexandre F. Barbosa, do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), o número de usuários de celulares pré-pagos que acessam a internet cresceu de 5,1 milhões em 2010 para 18,4 milhões no ano passado, aumento que ele credita a dois fatores: ações de incentivo do governo, principalmente com o Plano Nacional de Banda Larga, e promoções das operadoras. 

"Elas começaram a fazer, especialmente nos planos pré-pagos, pacotes com acesso gratuito às redes sociais, o que fez com que esse aumento fosse bastante acentuado", disse ele. "O que limita o acesso à internet pelo celular aqui no Brasil é o preço", analisou Juliano Cappi, coordenador de pesquisas do Cetic.

Dos 25 mil lares pesquisados em 317 municípios do País, 45% possuem computadores. Destes, 79% possuem desktops (computadores de mesa), enquanto os portáteis (notebooks e netbooks) estão em 39%. Essa diferença diminuiu em relação a 2008, quando 95% dos lares possuíam desktops, e apenas em 10% dos domicílios havia computadores portáteis.

Na classe C, a proporção de computadores portáteis praticamente dobrou em relação a 2010, e chegou a 28% dos lares dessa faixa socioeconômica. Na classe A, no entanto, o avanço já é tal que a presença de notebooks e netbooks (81%) praticamente se equivale à de desktops (82%). O estudo ainda detectou que, apesar de somente 1% dos domicílios com computador possuírem tablet, na classe A a presença já chegou a 10%.