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Brinquedo estimula interesse de meninas por tecnologia

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Cansada de ver garotinhas brincando massivamente com Barbies e princesas há décadas, uma startup de Palo Alto (EUA) criou um brinquedo que visa estimular a criatividade, inovação e interesse por tecnologia entre as meninas. O produto, que busca incentivos através do site de crowndfunding Kick Starter, chama-se Roominate e trata-se de uma "casa de bonecas" diferente: ela vem desmontada, inclui circuitos elétricos e é customizável.

Montar a estrutura, ligar os circuitos e decorar os ambientes garante a diversão das crianças: o brinquedo foi testado com 40 meninas e mesmo sendo ainda um protótipo bem simples, todas elas queriam levar um kit Roominate para casa.

A ideia é da autoria de três mulheres formadas em Engenharia, Matemática e Ciência. Intrigadas com a escassa presença de gente do sexo feminino nestas áreas de atuação, elas acreditam que as experiências da infância têm grande influência sobre decisões profissionais futuras. Neste sentido, a maioria das meninas não é estimulada a se envolver com ciência e tecnologia.

Estatísticas expostas no projeto Roominate comprovam a teoria: só 15% das garotas que começam a vida universitária planejam se formar em Ciências, Tecnologia, Engenharia ou Matemática, e menos de 11% dos profissionais de Engenharia são mulheres.

Na última quinta-feira a vice-presidente de operações (COO) do Facebook, Sheryl Sandberg, fez uma palestra para alunos da Universidade Harvard. Um dos assuntos destacados por ela na conversa foi que apenas 16% dos postos empresariais mais elevados são detidos por mulheres, nível semelhante ao da década passada.

Sobre as inventoras

As criadoras do Roominate chamam-se Alice, Bettina e Jeniffer, e compartilham o fato de terem praticado "brincadeiras" pouco usuais para meninas durante a infância.

Alice cresceu dentro de um laboratório de robótica e recebeu um olhar de desaprovação de seu pai quando pediu uma Barbie; Bettina fez centenas de criações com Lego junto do irmão mais velho e por isso não sentiu na pele a segregação de gêneros no universo dos brinquedos; já Jennifer adorava resolver enigmas matemáticos com seus pai e diz que uma das mais antigas lembranças é a de aprender a fazer contas "de cabeça" com seu avô.