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Nasa faz acordo com empresas para desenvolver táxi espacial comercial 

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Duas empresas contratadas pela Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) estão se unindo à companhia europeia Astrium para desenvolver um táxi espacial comercial feito a partir de foguetes propulsores de um ônibus espacial e de um protótipo da Nasa, concebido inicialmente como alternativa à cápsula espacial Orion.

Segundo anúncio das empresas na quarta-feira (9), o sistema Liberty está entre os quatro candidatos à próxima fase do programa de Tripulação Comercial da agência americana, previstos para ser finalizados no verão deste ano.

Desde que a Nasa aposentou seu programa no ano passado, os EUA dependem da Rússia para levar astronautas à Estação Espacial Internacional, um laboratório de US$ 100 bilhões que está a cerca de 386 quilômetros acima da Terra. O custo por pessoa da viagem ultrapassa os US$ 60 milhões. A Nasa espera pagar os trajetos para empresas norte-americanas a partir de 2017.

Atualmente, a Nasa está financiando o trabalho de design do táxi espacial de quatro empresas - Boeing, Space Exploration Technologies, Sierra Nevada Corp e Blue Origin, companhia iniciante de propriedade do fundador da Amazon.com, Jeff Bezos. A Agência está revendo os lances para pelo menos dois contratos integrados de design de 21 meses, no valor de US$ 300 milhões a 500 milhões cada.

A ATK, que construiu os foguetes propulsores dos ônibus espaciais, agregou-se à Astrium, uma das fabricantes dos foguetes europeus Ariane 5, para concorrer aos recursos de desenvolvimento do táxi espacial da Nasa no ano passado, mas não foi selecionada. De acordo com Kent Rominger, astronauta que agora atua como vice-presidente da ATK e gerente do programa Liberty, a companhia continuou a trabalhar no projeto com seu próprio financiamento.

A nova oferta da ATK acrescenta uma cápsula de sete pessoas, um sistema de escape de lançamento, o módulo de propulsão, um plano de operações e outros componentes para um sistema completo de lançamento espacial. Rominger disse que o Liberty estará pronto para ser tripulado para a estação em 2015 por um valor menor do que a Rússia cobra para viagens nas suas cápsulas Soyuz.

A primeira fase do Liberty seria um longo foguete propulsor de ônibus espacial, um projeto desenvolvido originalmente pelo agora cancelado programa de foguetes Ares 1 da Nasa. O motor da segunda fase seria fornecido pela Astrium.

O foguete Liberty voaria de um dos locais de lançamento de ônibus espaciais no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Dependendo do financiamento, voos de teste poderiam começar em 2014. Rominger disse que as cápsulas, que fariam pouso na água por meio de paraquedas, são projetadas para voar em até dez viagens. Além de levar sete astronautas, o foguete e a cápsula podem levar e trazer carga da estação espacial, bem como ser utilizados para lançamentos de satélites e outras missões.