ASSINE
search button

Brasil avalia liberação de eletrônicos em pouso e decolagem de aviões

Compartilhar

A agência nacional de aviação dos Estados Unidos (FAA) resolveu investigar a prática comum de desligar os aparelhos eletrônicos durante o voo - principalmente nos momentos-chave de decolagem e pouso - e testar de verdade a teoria. O fato é que não existe nenhum estudo ou caso em que o uso de um smartphone ou de um tablet, por exemplo, tenham causado a queda de uma aeronave. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que, se o resultado da agência americana se mostrar positivo, há possibilidades de a liberação ser aplicada também no País.

"Atualmente a Anac não contempla em seu planejamento nenhuma atividade para rever essa lista de dispositivos permitidos, no entanto, eventuais estudos e novas propostas de regras produzidos por outras autoridades estrangeiras, como FAA e EASA, podem ser avaliados por esta Agência e, posteriormente, internalizados em um formato adequado à realidade brasileira", afirmou, em entrevista ao Terra, Annelise Pereira Berutt, gerente técnica da agência nacional.

De acordo com o regulamento da Anac, o uso de equipamentos eletrônicos é permitido no Brasil "desde que não emitam ondas eletromagnéticas, para que não causem interferência nos sistemas de aeronave e mantenham a segurança do voo". Um artigo publicado no site de tecnologia Business Insider afirma que essa "prática" é uma lenda das mais bem contadas da história.

Nos Estados Unidos, algumas empresas áreas estão encorajando os pilotos a usarem iPads (o tablet da Apple) dentro da cabine de comando - o que, obviamente, iria contra o regulamento, para os passageiros, de que instrumentos eletrônicos podem inteferir com os equipamentos do cockpit e fazer o avião cair. A FAA jutifica que o novo contexto econômico em que o mundo está inserido e o crescimento do uso de smartphones, tablets e notebooks para a comunicação justificam que a agência "dê uma nova olhada" nas regras da avião comercial, como conta o The New York Times.

No entanto, no Brasil, o caminho é o da espera. Se os testes feitos fora do País forem conclusivos - para o bem ou para o mal - a Anac estudará a aplicação em território nacional, apesar de, atualmente, nas regras publicadas pelo site da Anac, a agência concordar que existe um contexto diferente hoje em dia, no qual o uso de smartphones e outros equipamentos eletrônicos precisam ser levados em conta.