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Empresários ensinam como lidar com crise de liderança empresarial

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A morte recente de Steve Jobs, ex-CEO da Apple e a grande comoção gerada em torno do assunto, fizeram nascer alguns questionamentos quanto à influência de um líder carismático e o funcionamento das empresas em momentos de crise de liderança. Empresários brasileiros acreditam que é necessário construir um planejamento para que a empresa mantenha um nível de funcionamento satisfatório mesmo após a morte ou demissão de um grande líder.

Manter este alto padrão após perder uma pessoa influente e com forte ligação com os princípios da empresa não é uma tarefa fácil. Marcelo Botelho, diretor da Veus Technology explica porque substituir grandes líderes é tão complicado: “Após essa mudança, a Apple terá que se re-inventar e criar algo disruptivo, outro caminho, pois o "rumo norte" definido pelo seu maior gênio até então, não continuará. Acredito que o maior desafio será não será apenas o desenvolvimento de novos iPods, iPhones e iPads”.

Para o fundador da WebSoftwareErick Vils, uma maneira de evitar esse tipo de ruptura brusca, é a preocupação constante em difundir a cultura organizacional da empresa aos seus funcionários: “Uma estratégia eficiente é criar, difundir e reforçar a cultura da empresa. Quando existe cultura forte na corporação, fica mais simples a sucessão. Steve Jobs fez isso muito bem. Até os clientes sabem os principais valores, preocupações e posicionamentos da Apple”, opina.

Celso Fortes, diretor da agência web Novos Elementos concorda com Vils, acrescentando que uma forma de facilitar essa continuidade de princípios, é estabelecer um padrão com normas e hábitos: “É muito importante o compartilhamento de informação e diretrizes dos lideres e de seus colaboradores mais próximos. Infelizmente pessoas físicas morrem, mas não necessariamente levam pessoas jurídicas junto”, finaliza.