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Estudo: jovens em redes sociais têm mais risco de usar drogas

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Segundo um estudo divulgado pelo Centro Nacional de Vícios e Abuso de Substâncias (Casa, na sigla em inglês), não há dúvidas que o uso contínuo de sites como o Facebook leva adolescentes ao uso de drogas ilícitas. De acordo com o site TG Daily, a unidade da Universidade de Columbia dedicada à pesquisa científica sobre drogas apresentou pesquisa que mostra que adolescentes entre os 12 e 17 anos que interagem constantemente com sites sociais como Facebook e Twitter estão mais propícios a fumar, beber e abusar de substâncias narcóticas.

Dos mil jovens nessa faixa etária ouvidos pelo Casa nos Estados Unidos, 70% passam boa parte do tempo em sites como o Facebook. O grupo de heavy users tem o dobro de probabilidade de usar maconha, em relação a jovens sem contato algum com redes sociais. No caso do cigarro, o risco é cinco vezes maior para os que se logam nas comunidades virtuais, e três vezes superior no que diz respeito ao álcool, conforme o estudo.

A pesquisa apontou que 40% dos entrevistados veem fotos de seus amigos se embebedando nos álbuns do Facebook e MySpace. O primeiro contato dos adolescentes com imagens de pessoas bebendo ou se drogando teria sido aos 13 anos ou antes.

Para o fundador do Casa, Joseph Califano, "já é hora de as redes sociais usarem sua tecnologia para impedir que jovens postem fotos suas e de amigos bebendo demais, desmaiados ou usando drogas". Para o pesquisador, "continuar provendo um veículo eletrônico para a transmissão dessas imagens constitui abuso infantil". Califano afirma, ainda, que a maioria dos pais não sabe dos riscos que uma rede social oferece aos seus filhos - uma pesquisa com 500 pais teria revelado que 86% nunca imaginaram que os sites aumentariam as chances de suas crianças beberem álcool.

Ou o contrário?Já o blog Underwire, vinculado à revista Wired, comenta a pesquisa com sarcasmo. O site questiona se existem jovens que não usem redes sociais, e propõe outro ponto de vista para os dados obtidos pelo Casa: não é o Facebook que estimula o uso de drogas, e sim o uso de drogas que faz as pessoas acessarem a rede social.

Para o autor do texto, pessoas drogadas "fazem coisas assustadoramente parecidas" com as atividades populares no site de Zuckerberg. Para provar seu ponto, o blog apresenta uma lista de drogas e seus efeitos nas comunidades virtuais:

- Álcool - Faz você caçar e incomodar pessoas com quem você terminou um relacionamento anos atrás.

- LSD - Convence você de que você acabou de descobrir o segredo do universo e que é preciso compartilhá-lo com o mundo.

- Maconha - Faz você pedir a pessoas que mal conhece que ajudem na sua colheita de soja.

- Ecstasy - "Eu tenho centenas de amigos!"

- Speed - Faz você ficar dias e dias acordado sem fazer nada produtivo.

- PCP - Faz você cutucar as pessoas sem a considerar as consequências.

- Heroína - "Foi legal no início, mas agora eu odeio isso e ainda assim vou passar o resto da minha vida nessa droga."

- Haxixe - Faz você decidir depois de uma consideração muito cuidadosa que, se você fosse um caçador de recompensas em Star Wars, seria o IG-88.

- Ketamina - Faz você curtir tudo.

- Cocaína - Faz você incorporar um medo paranoico de que Mark Zuckerberg sabe seus segredos mais profundos e os está compartilhando com o mundo todo.

- Cigarro - Faz você parar qualquer coisa que estiver fazendo por dez minutos a cada hora para aliviar a vontade.

- Cola - Faz você perceber que, lá no fundo, é uma pessoa horrível.

- Crack - Eventualmente você perde contato com qualquer um que não seja viciado também.

- Esteroides - Fazem você achar que convenceu todo mundo de que é naturalmente muito atraente, quando na verdade todo mundo sabe que você está trapaceando e que, na verdade, você é feio mesmo.

- Cafeína - Faz você externar compulsivamente qualquer pensamento que aparece na sua cabeça para qualquer pessoa que talvez vá ouvir.

- Ópio - É o ópio do povo.