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Hawking: vida após a morte é conto de fadas para quem tem medo

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O astrofísico Stephen Hawking, 69 anos, afirmou em entrevista ao jornal The Guardian que a vida após a morte é apenas um "conto de fadas" para pessoas com medo da morte. Hawking, um dos mais conhecidos cientistas do planeta, sofre desde os 21 anos com os efeitos de uma doença neuromotora que o impede de se mover, segundo os primeiros diagnósticos, deveria tê-lo matado em poucos anos após os primeiros sintomas, mas que, segundo o próprio astrofísico, o permitiu aproveitar mais a vida.

"Eu vivi com uma perspectiva de uma morte próxima pelos últimos 49 anos. Em não tenho medo da morte, mas eu não tenho pressa em morrer. Eu tenho muita coisa para fazer antes", ele disse ao jornal britânico. "Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte de computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro", afirma o cientista.

Em 2010, Hawking lançou o livro The Grand Design, no qual afirma que não há necessidade de um criador para explicar a existência do Universo. As afirmações vão contra um de seus mais famosos livros, Uma Breve História do Tempo (hoje revisado e com o títuloUma Nova História do Tempo), de 1988, em parceria com Leonard Mlodinov. Nos anos 80, Hawking dizia uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava e que poderia explicar todas as forças e partículas do Universo, seria quando o homem "entenderia a mente de Deus".

Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas.

Na terça-feira, Hawking profere uma palestra em Londres onde afirmará que flutuações quânticas no início do universo tornaram possíveis as galáxias, estrelas e, por fim, a vida humana. Ele ainda falará sobre a teoria M, que une as teorias das cordas e é vista por muitos cientistas como a melhor candidata a teoria do tudo.