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Conselheiro da OMC falará sobre Medicina Kampo na USP

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Portal Terra

SÃO PAULO - A saúde é uma preocupação mundial e as terapias alternativas são agrupadas no que é chamado de Medicina Complementar e Alternativa (MCA). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 80% das pessoas no mundo já usaram alguma terapia da Medicina Alternativa.

No Japão, a medicina convencional convive harmonicamente com a milenar Medicina Tradicional Japonesa (MTJ) - também conhecida como Kampo -, que tem cobertura do sistema de seguro de saúde daquele país desde 1976. Além disso, lá 72% dos médicos utilizam as duas formas de terapias nos seus pacientes.

Na próxima segunda-feira a Universidade de São Paulo (USP)realizará uma palestra aberta ao público e um curso para os médicos sobre Kampo, dentro do Simpósio Internacional USP-Keio, que comemora o centenário da imigração japonesa e o sesquicentenário da Universidade Keio (Tóquio).

Para ministrar a palestra, a universidade trará - pela primeira vez na América Latina - o médico japonês Kenji Watanabe, Conselheiro da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essa é a primeira vez que existe difusão da medicina Kampo para o público leigo numa instituição como a Faculdade de Medicina da USP.

- No Japão esse tipo de evento é chamado de curso para o cidadão e atrai grande público - explica Kazusei Akiyama. Na opinião de Akiyama, o tema desperta grande interesse, mas ele faz uma ressalva: "há um certo consenso de que esse tipo de conhecimento tem utilidade, mas médicos e a população ficam confusos sobre o que é útil e o que é picaretagem", afirma.

Medicina Kampo

A medicina Kampo é uma escola da Medicina Tradicional Chinesa, introduzida no Século 4 d.C. e desenvolvida no Japão, com acréscimo da cultura do país.

Era oficial até 1868. Com a Revolução Meiji e a ocidentalização do país, a medicina tradicional japonesa foi deixada de lado e só voltou a ser oficialmente reconhecida em 1950.

Desde então, tem conquistado cada vez mais adeptos - sem prejuízo da medicina 'ocidental', uma vez que a primeira é reconhecida pelo Estado como uma especialidade médica.