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Easyjet lançará programa para compensar emissões de CO2

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Agência EFE

LONDRES - A companhia britânica de baixo custo Easyjet lançará em meados do ano um programa voluntário para compensar as emissões de dióxido de carbono (CO2) dos vôos, afirmou nesta segunda-feira à Efe um porta-voz da companhia aérea.

Os passageiros preocupados com o meio ambiente que voarem entre Madri e Londres teriam que pagar entre ¬ 8 e ¬ 10 pela viagem de ida e volta para compensar os rastros de poluição, se assim quiserem.

A Easyjet comprará créditos de emissões de CO2 emitidos pelas Nações Unidas para vendê-los aos passageiros, cujo dinheiro será investido em reflorestamento.

A companhia fundada pelo empresário grego Stelios Haji-Ioannou decidiu colocar em prática um plano voluntário, ao 'se surpreender'

com a quantidade de empresas que oferecem estes serviços às companhias aéreas, algumas acusadas de lucrar descaradamente com este negócio.

- Este mercado é incipiente, não está regulado, e muitas das empresas gastam até 30% do dinheiro em administração, uma quantidade que não podíamos aceitar, asseguraram à Efe fontes da Easyjet.

As fontes acrescentaram que, se a Easyjet aceitasse os serviços de uma dessas empresas, os clientes que voassem entre Madri e Londres e aceitassem a taxa ambiental pagariam até ¬ 14, contra os ¬ 8 ou ¬ 10 cobrados se a gestão for feita pela própria companhia.

Outras companhias, como a British Airways, usam a empresa de compensação de emissões Climate Care, enquanto a Virgin Atlantic ainda estuda como compensar suas emissões.

A British Airways assegurou 'não estar a corrente de comissões excessivas' deste tipo de empresas que trabalham contra o aquecimento global.

Segundo uma pesquisa da organização beneficente Pure The Clean Planet Trust, 75% dos passageiros estariam dispostos a pagar entre ¬ 8 e ¬ 23, de acordo com a distância do vôo, se estiverem "completamente seguros' de que o dinheiro terá um impacto na luta contra o aquecimento global.

A aviação produz 5,5% do dióxido de carbono emitido no Reino Unido, e é um dos geradores deste tipo de emissões que cresce mais rapidamente, segundo o jornal 'The Guardian'.