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Cientistas criam mosquito resistente a parasita que causa malária

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Agência EFE

WASHINGTON - Cientistas americanos criaram geneticamente um mosquito que resiste a um tipo do parasita que causa a malária e que poderia ser usado para combater a doença, que mata milhões de pessoas todos os anos.

Num relatório publicado pela revista 'Proceedings of the National Academy of Sciences', os cientistas da Universidade Johns Hopkins afirmam que o mosquito sobrevive mais que os outros quando se alimenta de ratos infectados.

Segundo Jason Rason, que dirigiu o grupo, o mosquito criado geneticamente é só um princípio. O objetivo agora é criar uma variedade que seja resistente ao mosquito da malária que afeta os seres humanos.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, cerca de 2,7 milhões de pessoas por ano morrem em conseqüência da doença, principalmente em países tropicais da África e América Central.

Marcelo Jacobs-Lorena, cientista que participou do estudo, explica que os mosquitos se alimentaram do sangue de ratos infectados com o parasita 'Plasmodium berghei'.

O parasita que causa a doença nos seres humanos é o 'Plasmodium falciparum'.

Os mosquitos transgênicos se mostraram mais férteis e sobreviveram durante muito mais tempo que os não transgênicos, disseram os cientistas em seu estudo.

"Até agora ninguém tinha demonstrado que mosquitos transgênicos poderiam ter uma vantagem sobre os não transgênicos', acrescentaram.