ASSINE
search button

Ministério passa a tratar dengue como problema de epidemia

Compartilhar

Agência Brasil

BRASÍLIA - O volume de chuvas nos primeiros dois meses do ano tem contribuído para aumentar o número de casos de dengue no país. Do início do ano até agora, esse aumento já passa de 180% na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram confirmados 53 mil casos de dengue, dos quais 52,8 % estão em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul (30 mil casos e duas mortes). Em segundo lugar, vem o Mato Grosso, com 4,3 mil casos, seguido por Minas Gerais, com 3,3 mil, e ainda Paraná e Goiás. Cerca de 64% dos casos estão concentrados na região Centro-Oeste.

A diretora técnica da Secretaria de Vigilância e Saúde do ministério da saúde, Sônia Brito, diz que o momento agora é de juntar esforços para controlar o avanço da doença.

- A gente está tratando como se uma epidemia fosse, mesmo que não seja em níveis alarmantes, mas a gente pode considerar. E assim, todas as iniciativas que temos feito junto ao estado e ao município tem sido para controlar essa situação, em especial em Campo Grande onde estão o maior número de registros - explica a diretora.

De acordo com ela, no início do ano, houve um repasse adicional de R$ 326 mil para contratação de agentes de controle de endemias. Campo Grande recebeu um verba extra de R$ 330 mil.

- Fizemos ainda a contratação de um consultor permanente, para dar suporte técnico, além de levar dez carros para fazer ações de controle do vetor e ainda mais equipamentos como carros e motos, e mais inseticida para ajudar os municípios no controle da doença - afirma Sônia Brito.

Ela aconselhe a população a usar repelentes contra mosquitos em regiões de risco, tomar cuidados domiciliares para evitar a infestação e não dificultar a entrada de agentes para aplicação de inseticida nas propriedades.

- Por mais ações que nos façamos, se não houver uma ação conjunta entre estado, município e sociedade, nós jamais conseguiremos os efeitos desejados.