Entrevistada pela Sputnik Brasil, Juliana contou como foi realizar seu sonho. "Poucas palavras podem descrever… As emoções dos participantes extravasam, porque eles se preparam como se estivessem indo à guerra. Antes de entrarem no Sambódromo, todos rezam em círculo. A minha ala de passistas é uma das alas que não se pode pagar para participar [dela], nela dançam só as pessoas das comunidades, das favelas. Esta ala é o coração da escola. Eu presenciei emoções indescritíveis", confessa Juliana.
Ela conta que o processo da organização, a agitação das pessoas, emoções — sejam risadas ou choros — são algo incrível que dá uma energia absolutamente especial.
Aquela energia que vem dos espectadores e atravessa por todo seu corpo e sai de você… é um sentimento estupendo", destaca a passista.
O desfile da Portela no Sambódromo durou 71 minutos, mas para quem treina é fácil passar tanto tempo dançando, explica Juliana:
"Este tempo de 71 ou 72 minutos é para todo o desfile. Nós temos cerca de 40 minutos no Sambódromo. Não acho que seja difícil. Primeiro, os ensaios ajudam muito, segundo, no momento do desfile já não se sente nada: nem os calos nos pés, nem as fantasias pesadas. É um tipo de transe. A alma 'voa para os céus'. Por isso não é difícil, é fácil."
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