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Após resultado no carnaval, Monarco dispara contra presidente da Portela

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O resultado insatisfatório da Majestade do Samba, a Portela, no Carnaval deste ano está atiçando a ira até dos ícones mais ilustres da agremiação. Em entrevista ao programa do radialista Roberto Canázio, da Rádio Globo, o compositor Monarco abriu fogo contra o atual presidente da escola, Nilo Figueiredo.

Canázio iniciou a entrevista falando sobre a participação da comunidade de Oswaldo Cruz e Madureira. Disse que a escola só fazia bonito naquilo que dependia da comunidade e não da gestão da agremiação:

"Não posso deixar de lamentar a nossa escola naquilo que só fez bonito no que depende da comunidade (samba, bateria, evolução...). O que depende de gestão é fracasso".

Cutucado pelo radialista, Monarco disparou: 

"Eu como portelense da antiga, sofredor, do tempo de Natal, João da Gente, Ventura, Manasséis, dos velhos portelenses, não tô felizem ver minha Portela assim. Não sou eu que tô malhando. É a imprensa escrita, falada e televisada (sic) que tá aí vendo. O pior cego é aquele que enxerga e não quer ver. A Portela está em maus lençóis. É preciso mudança, é preciso falar, que que eu vou fazer?",

Sobre a eleição para a presidência da escola, marcada para maio, o sambista disse estar confiante numa grande transformação da agremiação. Ele torce pela derrota do filho de Nilo Figueredo, o Nilinho, na votação:

"Ta na hora da família portelense levantar a cabeça e girar. Tem que ter mudança. Eu fico triste de ver um bonito samba acabar naquilo que se viu. A gente ficou todo alegre depois da escolha do samba, aí quando eu vou ver a minha escola na cidade eu tenho que baixar a cabeça. E ainda tenho que escutar outros diretores dizerem que a Portela não disputa mais campeonato. Eu fico triste. Precisamos de um destino digno. Que águia foi aquela que se perdeu do carro, raquítica, me pararam no meio da rua e perguntaram o que se

Sobre o destino da escola, Monarco voltou a pedir o afastamento de Nilo Figueiredo:

"Não tem como tampar o sol com a peneira. Fez o que tinha que fazer, agora deixa a nossa escola um pouco. Precisamos botar a nossa escola com credibilidade na cidade, arrumar um carnavalesco de peso. O lema daqui pra frente tem que ser 'Portela, ame ou deixe-a'. Tem pessoas dentro dessa diretoria que nem Portela é (sic). Não tendo honestidade, boas intenções, nada pode dar certo. A Portela está em maus lençóis. A direção da Portela hoje não está com nada. Vem eleição e maio e vai ter mudanças".

Nilo rebate Monarco e Canázio

Depois de ser alvo de críticas do radialista e do sambista, o presidente da escola, Nilo Figueiredo, entrou ao vivo no programa, rebateu as críticas e disse que "já fez muito pela Majestade do samba":

"Estou chocado com isso. Cada pessoa tem o direito de pensar o que quiser. Do Monarco, eu nunca esperava isso, porque todos os momentos em que ele precisou de mim eu estava por perto. Não posso entender quando ele fala", disse Nilo. "Eu cheguei na Portela em 68 e trabalhei muito. Peguei a escola e não tinha nem bateria. Não tinha banheiro. Foi uma vergonha quando o Lula foi lá. Fui eu que botei banheiro lá. A Portela tinha sumido. Eu sou Portela e posso dizer. (...) O Monarco está me chocando".