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Carnaval do Rio registrou recorde de foliões e redução de lixo nas ruas

Número mijões detidos foi de 1.014. Rede hoteleira teve ocupação superior aos 95%

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O Carnaval de Rua do Rio de Janeiro registrou o maior número de foliões de sua história, afirmou o secretário de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, durante entrevista na qual foi divulgado o balanço final da festa momesca deste ano. Ao todo, 5,3 milhões de pessoas pularam na festa. Deste total, 1,1 milhão eram turistas, sendo 32% de estrangeiros. No cômputo final, a folia movimentou US$ 650 milhões, entre 13 e 16 de fevereiro, período em que foram contabilizados os dados.

“A avaliação é que foi um absoluto sucesso, se levarmos em conta o pequeno número de ocorrências, diante da magnitude da festa. Os maiores problemas foram os mijões na rua e o lixo deixado”, disse o secretário, referindo-se aos 1.014 detidos por urinar em local público.

O Centro aparece como a região da cidade que mais reuniu foliões. Cordão da Bola Preta (2,2 milhões), Monobloco (500 mil), Bloco da Preta (250 mil), se destacaram. Afroreggae (400 mil) e Simpatia é quase amor (150 mil), que desfilaram em Ipanema (Zona Sul), também arrastaram multidões.

A taxa de ocupação média da rede hoteleira foi superior aos 95%. Apesar do aumento do número de banheiros químicos nas ruas, 1.014 pessoas foram detidas após serem flagradas fazendo xixi nas ruas durante os desfiles dos blocos. Segundo o secretário de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, que também participou da divulgação dos dados, 15 mil banheiros foram espalhados em pontos estratégicos da cidade.

“O público cresceu, mas o folião produziu menos lixo, pela primeira vez na história”, analisou Osório, ao comentar a redução de 23% no recolhimento de detritos, que chegou a mil toneladas. “Ano passado foram 600 lixeiras, em 2012 dobramos esta quantidade; 1,5 mil garis trabalharam todos os dias. Metade na Sapucaí e a outra nos blocos. Posso dizer que realizamos a operação urbana mais complexa do mundo com sucesso.”

Falta de ambulâncias

Durante a apresentação, não foi mencionada a aparente falta de ambulâncias nas proximidades dos principais blocos de rua do Rio. Matérias veiculadas pelo JB mostraram que as 80 UTIs móveis que deveriam ser disponibilizadas pelos organizadores não foram vistas, por exemplo, no Cordão da Bola Preta, bloco que reuniu o maior número de foliões. A própria diretoria da Sebastiana, associação que representa os principais blocos cariocas, admitiu que não havia ambulâncias à disposição dos foliões durante o Carnaval de Rua.

Um levantamento elaborado pelo Núcleo de Pesquisas da ESPM-RJ durante o período carnavalesco, entre os dias 17 e 21 de fevereiro, entrevistou 838 pessoas no Sambódromo, e 470 nos blocos de rua. Transporte e informações turísticas ganharam as menores notas do público (6,6). Já diversão noturna teve a maior avaliação na pesquisa (8,7).

A segurança pública ganhou nota 7,2 dos pesquisados. As mudanças ocorridas no Sambódromo foram bem avaliadas pelo público: 86% das pessoas afirmaram que o local melhorou com a criação de novas arquibancadas. Dos turistas que acompanharam os desfiles das escolas de samba, 89% afirmaram que pretendem voltar ao Rio.

Em relação ao carnaval de rua, a limpeza dos banheiros químicos teve a menor nota (4), seguida de limpeza do trajeto (5,1), quantidade de banheiros (5,5), segurança (7,8) e acesso ao bloco (8).