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Beija-Flor emociona súditos do rei no encerramento dos desfiles na Sapucaí

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RIO - Com atraso, devido a óleo na pista, a última escola do grupo especial carioca a se apresentar este ano, a Beija-Flor de Nilópolis entrou na Marquês de Sapucaí com o enredo 'A Simplicidade de um Rei'. Em um desfile emocionante, a agremiação fez uma homenagem ao Rei Roberto Carlos, que levantou o público na sua passagem.

A comissão de frente se apresentou com um Roberto Carlos ainda menino que procurava as notas músicais que se escondiam dentro do rádio. Curioso, ele entrava dentro da 'caixa mágica' e, como em um passe de mágicas, elas desapareciam. Após fazer suas orações, a grande caixa se abria e revelava uma porção de notas. Junto com elas, Cláudia Raia surgia representando as musas do rádio.

Novidade no Carnaval 2011, a comissão de frente interagiu com o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Com leques adaptados com tecido nas cores da escola, os dançarinos rodeavam o casal durante suas apresentações para os grupos de jurados. Assim que a interação terminava, os dançarinos retomavam às suas posições abrindo espaço na avenida, para a passagem das demais alas da agremiação.

Minutos antes de desfilar e ser homenageado pela Beija-Flor na Sapucaí, Roberto Carlos admitiu estar "muito, muito nervoso". O Rei disse que não iria cantar o samba da escola de Nilópolis, já que não gosta de cantar músicas sobre si mesmo. "Só posso dizer que a emoção é simplesmente imensa. É bom falar disso (cantar o enredo) porque perguntaram se eu ia cantar o samba, mas não posso cantar uma música em minha homenagem", afirmou.

Em ‘A Simplicidade de um Rei’, a escola narrou a trajetória do Rei desde a sua infância em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, passando pelo movimento da ‘Jovem Guarda’, até os dias de hoje. Amigos do cantor, Erasmo Carlos, Wanderléa, Leleco Barbosa e Agnaldo Timotéo participaram da apresentação.

Intérprete da agremiação de Nilópolis, Neguinho da Beija-Flor disse ter ficado bastante satisfeito com a oportunidade de homenagear o cantor, que diz acompanhar desde a infância.  “É uma grande emoção. Acompanho a carreira do Rei há muitos anos, e me sinto honrado em poder homenageá-lo na Avenida. Roberto sempre foi um dos meus maiores ídolos”, garantiu, antes de revelar quais são as escolas que considera favoritas ao título deste ano.

“A Unidos da Tijuca, a Mangueira e a Mocidade fizeram grandes apresentações. A Portela, apesar de não estar sendo julgada, também foi muito bem. Uma pena foi o problema com o Salgueiro. Eles estavam maravilhosos, empolgantes. Quase chorei. Torço muito pela Regina Célia [presidente do Salgueiro]”, disse.

Sobre a fama de o cantor criar uma série de obstáculos por causa de suas superstições, o diretor-geral de carnaval, Laíla, garantiu não ter tido muitos problemas. “Desfile é assim: ou a pessoa gosta ou não gosta. Ele pediu para não usarmos a cor preta nas fantasias e aceitamos. Houve outras divergências, mas sempre conseguimos conversar e chegar a um acordo. O Roberto é uma pessoa sensacional. Simples e fácil de lidar", finalizou.