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Imperatriz Leopoldinense vai dissecar um corpo na Sapucaí para homenagear os médicos

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Carros alegóricos que vão desde os curandeiros africanos aos estudos que tentam decodificar o DNA humano. É assim que a Imperatriz Leopoldinense pretende homenagear e retratar a medicina na Marquês de Sapucaí. Para garantir em 2011 sua tradicional irreverência, o carnavalesco Max Lopes – que já foi o grande campeão do Grupo Especial por quatro vezes – vai dissecar um corpo durante a apresentação. Na mesma alegoria, virão estudantes de Medicina desmaiando durante uma aula de anatomia, tamanho o susto.

 “Queremos chamar a atenção do folião para a importância da Medicina, e para o quanto a profissão é desvalorizada. O salário de um médico neste país é um absurdo de tão baixo”, alfineta Max.

Segundo o carnavalesco, foi grande o número de salvadores de vidas como cardiologistas, infectologistas e até pediatras que procuraram a escola na tentativa de participar do desfile. “A classe médica estará em peso na Sapucaí, torcendo pelo desfile conosco. Os médicos já buscaram suas fantasias e estão animadíssimos para desfilar pela Imperatriz”, conta.

O abertura da apresentação vai ficar por conta da tradicional coroa, símbolo da escola de Ramos. Formada por chifres de antílopes (símbolo mor da realeza africana), a coroa será em tons marrom e não branco e verde, como de costume. O destaque do carro abre alas será a atriz Zezé Mota, que viverá uma rainha africana na Marquês de Sapucaí.

“A África vai abrir o nosso desfile, porque foi lá que tudo começou. Foram com os curandeiros africanos que a medicina despontou”, adianta Max, antes de acrescentar: “É por isso que a África terá um destaque na apresentação”.

As crianças da Verde e Branca vem fantasiadas de bebês de proveta, enquanto os 290 ritmistas representam os alquimistas – prática que favoreceu o desenvolvimento da medicina. Max destaca a fantasia das baianas que vem de gregas.

Templo dos Deuses

Entre os carros e tripés no barracão da escola, na Cidade do Samba, um se destaca e chama a atenção de quem visita o espaço. Com uma grande montanha de barro, sem brilho nem paetês, o "Templo dos deuses" traz pilastras gregas de mármores, 17 centauros à sua frente e rostos de personalidades importantes para o desenvolvimento da medicina esculpidos no carro.

"É um carro lindo, sem precisar de uma grama de brilho. Luxo é para ter onde tem que ter", finaliza Max