ASSINE
search button

Nosso futuro, nós é que devemos construir

Compartilhar

O Rio vive crise total e interminável. As eleições estão aí e dado ao “mais do mesmo” que nos empurram, precisamos “inventar” uma candidatura que tenha planejamento para enfrentar nossa triste situação. Como? Com nossa vocação natural inconteste, considerada a maior do mundo e que movimenta todos os setores da economia simultaneamente. Temos que aproveitar uma conjunção de fatores favoráveis para nos unirmos e nos reinventarmos com ética e qualidade de vida. Como lugares que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos, que conseguiram, e hoje são potências com os melhores IDH’s.

 O negócio agropecuário, de dimensões continentais, faturou R$ 511 bi/2015, exportando commodities e empregos. Parece muito, mas é uma esmola, comparado com a indústria do turismo, que em 2014 levou 56 milhões de visitantes a Nova York, cidade que na década de 70 viveu um inferno astral similar ao do Rio de Janeiro. Eles ficam entre 7 a 15 diárias, para comprar, comprar e comprar, slogan de NY. Com gasto médio de US$ 300/dia, média de 10 diárias, dá um total anual de US$ 168 bilhões, que convertidos ao Real, pulverizam o agropecuário. Note que o turismo só se desenvolveu porque a estrutura de lá é feita para funcionar, fato que a leva a ter um PIB de US$ 1,4 trilhões. Enquanto isso, o Rio e o Brasil recebem menos visitantes do que a Torre Eiffel (cerca de 6 milhões). Algo de novo precisa ser feito, já! 

O Rio deve sua existência ao porto, que perdeu sua importância. A revitalização das áreas portuárias no mundo, recuperou a economia dessas cidades ao ser conjugado ao turismo, sendo que essa atividade, ao ser bem conduzida, se eterniza, sonho de qualquer investidor, fato que atrairá bilhões de dólares em investimentos. Aqui há uma área com 5,5 milhões de metros quadrados disponível, três mil novos imóveis previstos, onde poderemos desenvolver um trabalho para levar o Rio à vanguarda mundial do turismo em todas as suas modalidades, num planejamento de curto, médio e longo prazos, envolvendo toda a sociedade. 

om A crise do sub-prime mostrou a importância da construção civil e da indústria imobiliária, pois, quando elas se desenvolvem, todas as outras também crescem. Enquanto uma embeleza e moderniza a infraestrutura, a outra faz hotéis, apartamentos, escritórios, shoppings, teatros, museus e outras atrações, formando um tripé com o turismo, pois os visitantes, com seus gastos anuais de centenas de bilhões de dólares, geram novos empregos, aumento da renda e da arrecadação, dando retorno aos investimentos. Só a recuperação da noite do Rio, lotada de turistas, empregará cerca de um quarto da população economicamente ativa. 

Com a nossa união num pacto pelo desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental, feito de forma transparente, sustentável e autossustentável, em uma década poderemos receber cerca de 100 milhões de visitantes. Apoiado por pesquisa com 100% de aprovação, mudaremos a forma atual de fazer turismo, ao permitir que eles interajam com a cidade/estado/nação e descubram pelo menos 10 alternativas entre as dezenas de milhares oferecidas pela coletividade, do tipo, “tenho que conhecer de qualquer maneira”, em total acordo com suas individualidades, sendo que ainda se enriquecerão culturalmente. 

Tudo isso dará um “boca a boca” fabuloso, pois eles “terão” que contar suas experiências únicas para amigos e conhecidos. Que tal falarmos sobre isso? Há um masterplan para fazer isso tudo acontecer. Onde o turismo foi utilizado como instrumento de transformação, os resultados foram excelentes, já no curtíssimo prazo. Em Bilbao, só nos dois primeiros anos, retornou dez vezes o capital investido.

* Coordenador do Movimento Acorda Rio