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A grande beleza

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A Grande Beleza, filme de Paolo Sorrentino, finalista do Oscar na modalidade de filme estrangeiro e vencedor do Globo de Ouro na mesma modalidade, mostra a estória de um escritor e jornalista JepGambardella (Toni Servillo) que aos 65 anos não consegue mais escrever e resolve fazer uma reflexão sobre a vida. 

A vida felliniana de Jep que vive em festas e não consegue ter uma vida comum é tão vazia quanto divertida. 

A busca da grande beleza tão procurada pelos criadores e artistas mostra-se a ele (“um predestinado à sensibilidade”), muito próxima, no final do filme, da procura do amor, da espiritualidade e das coisas simples da vida. Da lembrança de um amor de juventude. Onde estará afinala verdadeira beleza? O filme dá algumas pistas. 

Em um diálogo entre amigos e artistas frustrados, ele diz: “estamos todos desesperados”, mantenhamos, no mínimo, um pouco de afeto entre nós. 

O diretor investe com humor sobre uma significativa parcela da arte contemporânea em algumas cenas do filme, sendo o mesmo um painel contemporâneo do humano tendo como pano de fundo a bela paisagem de Roma. 

O filme “A Grande Beleza”, belo e inspirador, é uma pausa para uma reflexão em um mundo cada vez mais acelerado, superficial e fútil que não enxerga mais a grande beleza que há nas coisas perenes e simples. 

Antônio Campos - Advogado, Escritor, Editor, Membro da Academia Pernambucana de Letras e Curador da Fliporto. - [email protected]