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Atraso bélico  

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Fala-se muito no reaparelhamento das forças armadas, mas, pragmaticamente, isso tem se concentrado na Marinha, que deu a partida com a encomenda de cinco submarinos, sendo um de propulsão nuclear.

No Exército, o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) não exige muita engenharia civil, especialidade das empreiteiras agora anunciadas como alavancadoras do projeto. Além disso, a compra de aviões para a FAB, que Lula antecipou que seria feita da França, já está em estudos há dez anos.

Para especialista ouvido pela coluna, será difícil para o Brasil comprar tecnologia moderna, pois os estrangeiros só facilitam a cessão de métodos ultrapassados. O profissional dá com exemplo a Marinha, que anunciou a conclusão do desenvolvimento do motor foguete dos mísseis Exocet, tecnologia que a França já tem de última geração.

Também anda sendo criticada, em ambientes da área bélica, a declaração do general Aderico Mattioli, diretor do departamento de produtos do Ministério da Defesa: “Posso me dar ao luxo de não ter o melhor radar do mundo, mas ter um radar que é meu”.

Para o técnico isso é  inaceitável. A fonte da coluna afirma que de nada adianta ter um radar “meu” se for de baixa qualidade ou se não puder ser feita importação de peças e sistemas para atualização constante.