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Ministra do Meio Ambiente defende texto que será votado na Rio+20

Izabella Teixeira destacou os pontos positivos do documento

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A ministra do meio-ambiente Izabella Teixeira defendeu com firmeza às criticas em relação ao documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, apresentado pela primeira vez aos chefes de estado nesta quarta-feira (20).

Durante coletiva de imprensa com o embaixador Luis Alberto Figueiredo Machado, a ministra reafirmou o compromisso do Brasil com as questões ambientais, mas admitiu que as dificuldades impostas nas negociações, principalmente pelos países ricos, impediram que os avanços fossem ainda maiores.

“Houve, sim, dificuldades para que países desenvolvidos alocassem mais recursos”, afirmou, referindo-se as nações que dificultaram a negociação em torno da realocação e do financiamento de propostas de preservação. Estados Unidos, a União Européia e Japão principalmente, alegaram problemas financeiros causados pelos impactos da crise econômica internacional.

Teixeira apontou avanços na proteção da biodiversidade, na regulação dos oceanos e na erradicação à pobreza. A mudança na medição da riqueza dos países, que não se limitará mais ao cálculo através do Produto Interno Bruto (PIB), também foi comemorado pela ministra.

“Um outro fato de extrema importância é o reconhecimento da Igualdade Racial pela primeira vez em um documento de sustentabilidade. Esta foi uma luta muito forte do governo brasileiro”, afirmou.

Apesar da insistência brasileira, definições específicas em relação aos “direitos reprodutivos” não foram incluídas no documento final, por falta de acordo. “Mas nós lutamos muito por isso e, apesar da exclusão da definição, os conceitos estão em todo o documento final”, finalizou. 

Críticas

Ao longo desta quarta-feira, líderes políticos estrangeiros, além de representantes de organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e sociedade civil criticaram o conteúdo do documento. As ONGs pediram, inclusive, para serem excluídas das menções de apoio ao texto.

O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, disse, no entanto, que tais resistências não foram apresentadas até ontem (19) quando houve a conclusão das negociações. “O nível de ambição do texto é de responsabilidade coletiva. Não é de um ou outro país apenas”, disse Figueiredo.

Com Agência Brasil