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Greenpeace diz que documento final da Rio+20 é patético

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O Greenpeace classificou como 'patético' o documento final que está sendo discutido na Rio-20. Em nota, o movimento afirma que o rascunho do documento pode levar a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável ser chamada de ‘Rio menos 20’. 

“A negociação que foi até as 3 horas é um texto patético, uma traição, e é por isso que estamos chamando essa conferência não de Rio+20, mas, talvez, de Rio menos 20”, acrescenta.

O diretor executivo da ONG, Marcelo Furtado, destacou ainda que a conferência acabou jogando a responsabilidade da preservação do meio ambiente para a sociedade civil. "A Rio+20, no sentido de indicador para um caminho melhor para mundo, está encerrada. É um retrocesso. Os temas que estavam em pauta foram diluídos, o que resultou num enfraquecimento total. Os grandes interesses da indústria de combustíveis fósseis falaram mais alto", disse, complementando que, em comparação a outras conferências sobre o meio ambiente, a Rio+20 representou uma regressão. "Jogou fora as metas em nome da burocracia internacional".

O Greenpeace defende ainda o ativismo ambiental como caminho para uma maior mobilização da sociedade e de pressão contra os governos para a implementação de ações concretas em prol da sustentabilidade.

Está prevista para esta quarta-feira (20) uma grande marcha de ONGs nas ruas do Rio em defesa de maiores compromissos dos países na defesa do meio ambiente.

O diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kimi Naiddo, ressaltou que é preciso pensar "fora da caixa" para resolver os problemas do mundo, e rever o modelo econômico baseado apenas em "mais mercados, mais produtos e mais dinheiro". "Temos que fazer mais com menos", concluiu Naiddo.