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Fundo 'sustentável' deve ficar fora do texto da Rio+20 por falta de consenso

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A proposta de criar um fundo de incentivo ao desenvolvimento sustentável internacional, cuja adoção é aprovada pelo Brasil, deve ser retirada do texto final da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. De acordo com o parecer, o fundo deve começar com US$ 30 bilhões a partir de 2013, podendo atingir US$ 100 bilhões em 2018. A crise econômica global e as limitações financeiras dos países mais pobres impulsionaram o adiamento.

Muitas nações, como os Estados Unidos e Canadá, passam atualmente por campanha presidencial e resistem à ideia. No caso dos EUA, o presidente Barack Obama é uma das ausências de maior destaque na Rio+20. Esses países contam com apoio da Europa como um todo, que argumenta que os efeitos da crise econômica impede que haja avanço em proposta de natureza financeira.  

O secretário executivo da delegação brasileira na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, reconheceu hoje (14) que os países ricos adotaram um movimento de “retração forte” devido às questões internas que vivem. “Mas tudo isso faz parte da negociação”, definiu. O embaixador, no entanto, não acredita que seja definitiva a questão. “Não há rechaço de uma ou de outra [parte negociadora]. Vamos buscar a melhor condição possível. É fundamental que cada ação corresponda a meios de financiamento ou indicações para que isso seja possível”.

As negociações em busca de acordos para o texto final mobilizam os negociadores, pois a seis dias do encontro dos 115 chefes de Estado e de Governo, na Rio+20, apenas um quarto do documento está fechado. Há divergências em relação aos seguintes temas: metas comuns, transferência de tecnologias, financiamentos, capacitação de pessoas para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, compreensão sobre o significado de economia verde e criação de novas instituições.

Com Agência Brasil