'A gente já tem o que queria', diz líder dos caminhoneiros no Rio

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Os caminhoneiros que participam há uma semana da paralisação em estradas do Rio estão dispostos a se desmobilizar, disse neste domingo, 27, uma das lideranças do movimento no Estado, Francisco Silva. Ele lembrou que a categoria já conseguiu os dois compromissos que buscou junto ao governador Luiz Fernando Pezão (MDB): a redução do ICMS sobre o diesel, de 16% para 12%, e a mudança do recolhimento do imposto, que irá desonerar as transportadoras.

"A gente já tem o que queria, a redução do ICMS e a substituição tributária. Nossa greve deu certo, brigamos pelos nossos ideais", afirmou Silva. Ele disse que em diferentes pontos da Rodovia Washington Luiz, onde fica a Refinaria Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, há manifestantes de fora que se misturaram aos caminhoneiros. Eles teriam agendas políticas, ao contrário da categoria. "Nem caminhão eles têm. Hoje a situação é mais política do que qualquer outra coisa. Só que a gente não tem inclinação política".

Neste domingo, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) fez um apelo aos caminhoneiros pelo fim da greve. "Na quinta-feira, o movimento esteve comigo, e atendemos prontamente todas as reivindicações. A gente espera essa reciprocidade, que saiam dos piquetes, que vejam o sofrimento da população", disse.

"É um apelo para salvar vidas, para que entrem mantimentos para escolas e hospitais. É essencial que a gente veja o lado humano. Não é só deixar passar carro de passeio. Estamos falando de vidas humanas, não é brincadeira. O clima está nervoso, mas eles têm que ter consciência do que já ganharam. Não podem viver de ganha-ganha", reiterou.

Segundo a prefeitura da capital, amanhã 40% dos ônibus cariocas vão funcionar. As escolas municipais, sem merenda, ficarão fechadas. Dos 360 ônibus articulados do BRT, só 5% vai funcionar da zero hora às 4 horas; o resto do dia ainda está sendo planejado. As barcas estarão com funcionamento reduzido.