Paralisações para obras na Linha 4 do metrô começam segunda

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As praças de metrô da zona sul do Rio de Janeiro vão começar a sofrer alterações a partir desta segunda-feira por conta das obras da Linha 4. De acordo com a concessionária responsável, o Jardim de Alah e a praça Antero de Quental, no Leblon, serão as primeiras a receber tapumes para a instalação de um canteiro de apoio na primeira e de uma estação na segunda.

A partir de novembro, a avenida Ataulfo de Paiva, no Leblon e a praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, também começam a receber as obras da linha, que prometem atender a 300 mil passageiros dias entre Ipanema e a Barra da Tijuca até 2015.

Por enquanto o impacto no trânsito será pequeno. Mas a partir de novembro dois trechos da avenida Ataulfo de Paiva, trechos da avenida Borges de Medeiros e Afrânio de Melo Franco, e entre a rua General Urquiza e a avenida Bartolomeu Mitre serão fechados. A Companhia de Engenharia e Tráfego do Rio (CET-Rio) ainda não definiu as datas e horários do fechamento.

Apesar de garantir que as praças em obras serão devolvidas à população exatamente como estão hoje, há polêmica. A retirada de árvores centenárias da praça Nossa Senhora da Paz ainda estão sendo estudadas. A concessionária já firmou acordo para levá-las provisoriamente ao Jardim Botânico, mas a associação de moradores de Ipanema diz que as árvores podem não resistir. Para compensar foi anunciado o plantio de mais 400 espécies novas nos locais atingidos pelas obras.

As obras da Linha 4 do metrô carioca começaram na Barra da Tijuca em 2010 e são realizadas sem necessidade de explosão, através de um equipamento que vai escavando e construindo as estruturas de túneis e estações ao mesmo tempo, apelidado de Tatuzão. Por dia são escavados de 15 a 18 m de túneis. Das seis estações previstas, uma já está com a estrutura montada (Jardim Oceânico, na Barra) e outra em andamento (São Conrado/Rocinha). As demais serão Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz.

A concessionária prevê que o tempo de deslocamento entre a Barra e Ipanema seja de 15 minutos (mais 18 minutos de Ipanema ao Centro pela atual Linha 1), e prevê a compra de 17 novos carros que terão intervalos de 4 minutos (contra 7 minutos das Linhas 1 e 2 atuais). A intenção é tirar das ruas cerca de 2 mil carros por hora no horário de pico.

Mais obras

Além das obras da Linha 4 do metrô, na segunda-feira o centro do Rio vai conviver com detonações diárias às 6h da manhã, por conta da construção da Via Expressa, já considerado o maior túnel urbano do mundo, com 3.450 m e seis faixas de rolamento, e que vai substituir o elevado da Perimetral.

Primeiramente será escavado um túnel para entrada e saída de operários, equipamentos e veículos, para em seguida começar a perfurar o que será o túnel no início da avenida Primeiro de Março, na praça Mauá, até próximo à rodoviário Novo Rio, em São Cristóvão. As detonações serão diárias, de segunda a sexta-feira e sempre com pequenas interdições no trânsito das ruas Edgar Gordilho, Coelho e Castro, Sacadura Cabral, Avenida Venezuela e Largo São Francisco da Prainha.