RJ: PMDB tenta tirar do ar propaganda do PR

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João Pequeno, Portal Terra

RIO DE JANEIRO - Inserções de propaganda do PR que estavam programadas para esta quinta-feira (27), para o sábado (29) e para a próxima terça-feira (1) podem ser proibidas caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acate representação do PMDB. A alegação é que, na propaganda passada, veiculada no dia 15 de maio, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) atacou "a honra dos adversários políticos", invadindo sua "vida íntima". Em seu blog, Garotinho respondeu com ironia ao ressaltar que citou a mulher do governador Sérgio Cabral (PMDB), a advogada Adriana Ancelmo, por ela ser sócia de um escritório de advocacia que defende a concessionária Metrô Rio.

Em seu pedido, o PMDB diz que na propaganda do dia 15 o PR fez propaganda eleitoral negativa do governador, que tentará a reeleição tendo Garotinho como adversário, além "de tratar com aleivosias o governador e a primeira-dama do Estado", "invadindo a vida íntima dos mesmos".

"Dizer que estou 'invadindo a vida íntima do casal Cabral' é ridículo (...) quando a mulher de Cabral é a advogada que defende uma empresa concessionária do Estado, que conseguiu do marido governador vantagens imorais que prejudicam a população. Com todo o respeito, isso é um fato de natureza pública, porque envolve dinheiro público. A população tem o direito de saber", respondeu Garotinho em seu blog nesta terça-feira (25).

Nas inserções, Garotinho também acusa Cabral de mau uso do dinheiro público por "gastar até o final deste R$ 450 milhões com propaganda", o que, segundo ele, daria para construir "10 mil casas populares", perguntando, em seguida "quantas vidas dariam para ser salvas se esse dinheiro fosse bem aplicado".

Nesta segunda-feira (24), foi Sérgio Cabral quem responsabilizou Garotinho e a mulher dele, a ex-governadora Rosinha Garotinho, por problemas relativos ao metrô. O governador pôs na conta do casal, cujos governos o antecederam, o atraso de mais de um ano no início das obras da Linha 3, cujo projeto é ligar o Rio a São Gonçalo (região metropolitana). Segundo Cabral, as obras só não começaram devido a problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU) deixados "pelos governos anteriores" que impedem a liberação de R$ 62,5 milhões - a maior parte destinada pelo governo federal. O projeto é de 2002.