Frutas da 'moda' também chegam, como a atemoia

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Renata Ramos, Jornal do Brasil

RIO - Pera, uva, maçã, abacaxi, mamão, atemoia, mangostim. Espera um pouco. Atemoia? Mangostim? Os feirantes também estão antenados com o que acontece no mundo. Além de entregarem delivery, oferecem variedades novas do mercado. Quem é habitué de feira sabe que está acabando a época do caqui e entrando na fartura dos morangos e tangerinas. Sem esquecer que agora é tempo de atemoia atingida também pela regra ortográfica, que lhe tirou o acento agudo do o . É um híbrido, uma mistura de cherimoia (natural dos Andes) com fruta-do-conde. A aparência é mais semelhante com a segunda, mas a consistência cremosa e a diferença do interior mostram que de-fruta-do-conde só há parentesco. Na maioria das barracas ela está lá, em evidência, custando entre R$ 2 e R$ 5, a unidade.

Estamos na época da atemoia. Os estrangeiros inventam e a gente traz para cá para satisfazer o cliente. Ela é bem cremosa. Para saber se está boa, é bom apalpá-la e comprar quando estiver macia recomenda o feirante Jaime Martins.

Ele também indica outra novidade. O mangostim. Mas para quem ficou curioso não adianta correr para a feira de amanhã. Não é época da fruta, também conhecida como fruta-da-rainha. Ela tem gomos brancos, é pequena e com a casca roxa. De origem asiática, já chegou nas feiras cariocas. E enquanto o feirante dava a entrevista, uma freguesa perguntava:

Jaime, você tem physalis? Vi na televisão e quero experimentar.

Essa novidade, o feirante não conhecia. É uma fruta também chamada de camapum.

Ainda não vi essa fruta. Mas vou procurar e trago para a senhora responde Jaime.

Pedidos comuns são as nordestinas, como seriguela, cajá e umbu.

É difícil achar, mas se o cliente quiser, eu corro atrás.