Dois homens teriam matado Marcão na Gardênia Azul

Por

Eduardo Tavares, JB Online

BARRA - Marco Aurélio França Moreira, conhecido como Marcão, presidente da Associação dos Moradores da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, Zona Oeste, e suspeito de envolvimento com milícias, foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira, na Rua Isabel Domingos, altura no nº 176, no interior da favela. De acordo com moradores que não quiseram se identificar, o crime foi cometido por dois homens que atingiram a vítima com vários tiros, a maioria na cabeça.

Por causa do crime, parte do comércio local não funcionou. O corpo de Marcão ficou no local do crime durante toda a manhã e início da tarde de quarta-feira. Peritos que estiveram no local encontraram cinco cápsulas de pistola 9 mm deflagradas.

O irmão de Marcão, cujo nome não foi divulgado, foi ouvido na 32° DP (Taquara). Ainda não há suspeitos do crime nem se sabe o que motivou a execução do líder comunitário. A única informação é de que os dois homens que cometeram o crime utilizavam uma moto.

De acordo com a polícia, Marcão seria o dono de um prédio de quatro andares demolido no dia 5 de janeiro, na Avenida Gilka Machado, Recreio dos Bandeirantes, durante o primeiro dia de Operação Choque de Ordem deflagrada pela atual prefeitura. Além de uma padaria, outras dez lojas funcionavam no prédio irregular, segundo os fiscais da prefeitura, fora dos padrões permitidos pelo município. Também havia apartamentos no edifício. O preço dos imóveis giravam em torno de R$ 100 mil para a venda. Durante a ação de ordem pública da prefeitura, Marcão esteve no local e chegou a assistir parte da demolição do prédio. A cobertura do prédio pertencia a ele e contava com piscina e áreas para sauna e hidromassagem. Na época, a vítima não conseguiu sequer retirar os móveis que foram destruídos pelos tratores da prefeitura. A suspeita era que o terreno pertencia a milicianos. Marcão negou qualquer envolvimento com milícias