Freixo fez duras críticas ao deputado federal Marcelo Itagiba

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Carolina Bellei, JB Online

RIO - O relatório oficial da CPI das Milícias foi apresentado nesta sexta-feira na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro pelo presidente da CPI, Marcelo Freixo, e o relator, Gilberto Palmares. O documento revela que pelo menos 170 áreas do Estado do Rio de Janeiro, a maioria na capital, são dominadas por milicianos, além de indiciar 226 pessoas, entre políticos, policiais civis e militares, ex-policiais, bombeiros, agentes penitenciários e outros. São mais de 800 pessoas citadas.

Freixo fez duras críticas ao deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB), que foi convidado a prestar esclarecimentos mas não compareceu, além de não responder o e-mail com perguntas enviado pela CPI.

De acordo com Freixo, Itagiba poderia ter ajudado mais como ex-secretário de segurança do governo Rosinha Garotinho.

-O fato de alguém ser votado na área de milícia não significa que ele tenha envolvimento direto com esse grupo. Os milicianos falaram abertamente de apoio ao candidato (Itagiba) e Marina Magessi afirmou que no governo anterior não houve ordens superiores de combater os milicianos disse o presidente da CPI.

Não aparece envolvimento orgânico e econômico de envolvimento de Marcelo Itagiba com as milícias. Freixo ressaltou que não houve um caso de parlamentar que tenha sido retirado do relatório.

O deputado Gilberto Palmares disse que os principais ganhos da CPI das Milícias foi desmistificar o conceito de que as milícias serviram para combater o tráfico de drogas.