MP do Rio denuncia quadrilha do traficante Tota
JB Online
RIO - A 6ª Promotoria de Investigação Penal (PIP) do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro ofereceu denúncia nesta terça-feira, contra o traficante Antônio de Souza Ferreira, conhecido como Tota, e mais sete acusados pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de drogas nas localidades do Morro da Fé, Morro do Sereno, Vila Cruzeiro e Morro da Caixa DÁgua, no complexo de favelas da Penha, na Zona Norte.
Denúncias de que Tota, dois irmãos seus e outros quatro integrantes de sua quadilha teriam sido mortos na madrugada desta segunda-feira, no Complexo do Alemão. Após uma reunião do setor de inteligência da polícia, nesta terça-feira, a Secretaria de Segurança Pública do Rio autorizou o Batalhão de Operações Especiais (Bope) a fazer uma incurssão nas comunidades. Houve intenso tiroteio, mas supostos corpos não foram encontrados. Um dos novos veículos blindados, os chamados Caveirões, foi atingido e teve que ser rebocado. Ninguém foi preso.
Além de Tota, também foram denunciados pelo MP Fabiano Anastácio da Silva, o FB; Paulo Rogério de Souza Paz, o Mica; François Soares Suassuna, o Jansen Paraíba; Marcelo Santana Viana, o Marcelino; Ricardo Severo, o Faustão; e Adriano Lima da Silva, o Diabão. O MP também pediu a prisão preventiva dos denunciados.
Segundo a denúncia, os acusados controlavam o tráfico e a venda de drogas nos referidos morros, cumprindo determinação da cúpula da organização criminosa Comando Vermelho, atualmente custodiada no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
As transações da quadrilha foram monitoradas pela polícia, inclusive por meio de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial. As investigações indicaram que Tota seria o chefe da quadrilha, e abaixo dele estaria Fabiano Anastácio da Silva, no comando das atividades criminosas na Vila Cruzeiro. Já Paulo Rogério de Souza Paz seria o chefe nos Morros da Fé e do Sereno, atuando ainda como negociador dos armamentos adquiridos pelos acusados. François Soares Suassuna é apontado como responsável pelo transporte da droga e pelo abastecimento das bocas-de-fumo controladas pela quadrilha. Os outros atuariam como gerentes dos pontos de venda.
Segundo denúncias à policia do Rio e ao Disque -Denúncia, Tota e seus comparsas teriam sido mortos por Pezão, tesoureiro da mesma quadrilha e braço direito de Marcinho VP, chefe do tráfico de drogas no Complexo do Alemão. Ele teria siso executado por estar planejando assumir sozinho o controle dos pontos de venda de drogas. Ainda conforme denúncias, os corpos dele, de seus dois irmãos, de um segurança e de outros quatro bandidos teriam sido queimados no alto de uma das comunidades.
