Secretária mentiu sobre morte de Priscila Belfort
Agência JB
RIO - A secretária Elaine Paiva da Silva, de 27 anos, mentiu ao afirmar que participara da suposta execução da estudante Priscila Belfort, irmão do lutador de Jiu-Jitsu, Vitor Belfort, e desaparecida desde janeiro de 2004. Em novo depoimento nesta sexta-feira, ao delegado titular da 75ª DP (Rio D' Ouro), Anestor Magalhães, ela caiu em contradição várias vezes. Ele solicitará um exame de sanidade mental da acusada..
Elaine retirou também a acusação que fizera da participação de outras 11 pessoas no suposto assassinato de Priscila. Seis delas estão presas. Segundo Anestor Magalhães, ela poderá ser processada caso se confirme que tenha ocorrido falsa comunicação de crime.
No início de agosto, a secretária procurou a delegacia confessando que teria participado da execução da estudante, em um sítio em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Escavações chegaram a ser feitas no local indicado por ela. Foram encontrados uma sandália e um pedaço de vestido pretos. No dia do desaparecimento, Priscila vestia peças da mesma cor.
O delegado Anestor Magalhães aguardava a operadora do telefone celular de Elaine encaminhar a relação de ligações feitas por ela parar verificar se houve contato da ré com a família de Priscila. Ele aguarda o resultado do exame de DNA do crânio encontrado durante as escavações, no sítio apontado por Elaine como o local da execução da estudante. A previsão inicial para a conclusão era de quatro meses.
Na semana passada, Elaine e outros quatro presos, apontados por ela como integrantes da quadrilha que teria sequestrado e assassinado Priscila, foram colocados frente a frente em uma acareação. Ela chegou a agredir e chamar de assassino, o segurança Isamar Francisco Gomes. Ele registrou queixa de agressão e foi submetido a exame de corpo delito no Instituto Médico Legal de Niterói. O policiail militar Jalter da Silveira Borges Júnior, lotado no 12º BPM (Niterói), de 33 anos, e um dos acusados, também participou.
Priscila teria sido morta devido uma dívida de R$ 9 mil, contraída por seu ex-namorado, na ocasião. Os credores seriam traficantes de drogas. A família nega que ela fosse usuária de entorpecentes.
