Morador de rua passa mal no Centro do Rio e Samu questiona: 'qual é a situação social?'

Homem ficou mais de uma hora jogado na calçada à espera da ambulância, relataram agentes do Centro Presente

Por Ana Paula Silveira

Pessoa em situação de rua passa mal no centro do Rio de Janeiro

Um morador de rua passou mal no Centro do Rio na noite desta quarta-feira (17) e populares se revoltaram quando acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o atendente perguntou: 'qual é a situação social da pessoa?'. 

Marcos, major da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) e comandante da Operação do Centro Presente, relatou que diversas vezes acionou o serviço e nunca passou por esta situação, apesar da demora e da escassez em relação ao número de viaturas disponíveis e de pessoal. 

"Perguntaram sobre a situação social dele, o que entendemos é que se fosse um morador de rua, eles não viriam". O atendente também sugeriu comprar um remédio para o acidentado. 

Segundo o oficial, é preciso seguir um protocolo para não prejudicar a saúde do paciente. 

Desorientado e fraco, Marcelo não conseguia se levantar, tremia e teve convulsão na Avenida Rio Branco, próximo ao metrô da Carioca. A informação é da equipe do Centro Presente, que fez o atendimento inicial e o contato com os órgãos responsáveis e aguardava a equipe de socorro no local. 

O morador de rua ficou mais de uma hora jogado na calçada à espera de uma ambulância, relataram os agentes. Ainda de acordo com o major, Marcelo é conhecido na região e não faz uso de drogas. 

Samu

Até ás 19h30, a reportagem entrou em contato com a Samu, por meio da assessoria, mas até a publicação desta matéria não houve retorno. A secretaria estadual de saúde também não retornou.

Corpo de Bombeiros

De acordo com o Corpo de Bombeiros não existiu negligência neste caso. A corporação alega que existe um protocolo onde se abre uma solicitação de atendimento e a ordem de prioridade é avaliada.