UFRJ quer que Unesco atue no plano de restauração do Museu Nacional

Amanhã começa instalação das estruturas do edifício principal

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Construção de barreira nos arredores do Museu Nacional do Rio de Janeiro, após o incêndio

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, defendeu hoje (18) que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) participe da elaboração do projeto de reconstrução do Museu Nacional. Há 16 dias, um incêndio atingiu o museu e destruiu 90% dos acervos.

Dois especialistas, enviados pela Unesco, estiveram no Museu Nacional do Rio, no último dia 13. Inicialmente, eles atuarão nas atividades ligadas à restauração dos acervos. Não há, por enquanto, planos para que participem das demais ações relativas à recuperação da instituição.

“Vamos manter o diálogo com a Unesco porque queremos que ela participe da elaboração do projeto executivo da construção do novo museu”, disse Leher em um evento nesta manhã, no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). “O trabalho da Unesco é muito mais de diálogo e sobre a prospecção do acervo.”

Cobertura

Leher afirmou também que a empresa responsável pela cobertura da área total dos escombros do Museu Nacional já foi escolhida. A firma está finalizando a entrega de documentos que comprovam sua capacidade.

Segundo o reitor, a instalação das estruturas que viabilizarão a cobertura do edifício já devem começar amanhã (19). Em seguida, a universidade iniciará, com auxílio de guindastes, a instalação de um telhado metálico com cerca de 5 mil metros quadrados.

Além da Unesco, a operação será acompanhada por engenheiros e especialistas de diversas áreas da UFRJ e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Ministério da Educação informou que vai liberar R$ 10 milhões para ação emergencial na segurança do prédio do Museu Nacional do Rio.