Polícia Federal aproxima Ciro Gomes e Lula

Operação da PF na manhã desta quarta, nas casas do presidenciável e de seu irmão, o senador Cid Gomes, une adversários políticos em defesa do pedetista, na internet

Por JORNAL DO BRASIL

Ciro Gomes

Após a Polícia Federal cumprir mandatos de busca e apreensão nesta quarta (15) que envolvem o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes (PDT) e o seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), o ex-presidente Lula se solidarizou com o caso e disse que repugna o comportamento da PF, caracterizando o ato como "invasão".

"É inexplicável que as pessoas que poderiam ser intimadas para dar explicação tenham a casa invadida sem levar em consideração que um é candidato a presidente e o outro é um senador da República", disse Lula.

A investigação da Polícia Federal é sobre as obras na Arena Castelão, estádio de futebol em Fortaleza, capital do Ceará, que recebeu jogos da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo de 2014.

Agentes da PF cumpriram 14 mandados de busca e apreensão, que envolvem o pré-candidato à presidência, Ciro Gomes e o seu irmão, o senador Cid Gomes. Segundo informações divulgadas pela polícia, a suspeita envolve a licitação das obras no estádio Castelão, entre os anos de 2010 e 2013. A PF encontrou indicios de que teria acontecido o pagamento de propinas no valor estimado de R$ 11 milhões a servidores públicos e outros políticos do estado, durante o governo de Cid. O mandato de Cid Gomes como governador do Ceará terminou no final de 2014.

 

 

 

 

 

 

 

 

A Justiça Federal do Ceará também determinou a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico dos dois políticos. Um outro irmão, Lúcio Gomes, também está sendo investigado pela operação como suspeito de ser uma das pessoas que receberam os pagamentos ilegais.

O esquema de pagamento da propina, segundo a PF, era feito disfarçado de doações eleitorais para os irmãos. As transações eram feitas em espécie nos escritórios de advogados e também na casa de um dos advogados.

 


 

A Polícia Federal usou de informações provenientes de delação premiada de executivos da Galvão Engenharia. A operação mobilizou 80 policiais federais nos estados do Ceará, São Paulo, Belo Horizonte e São Luís. (com agência Sputnik Brasil)