Bolsonaro diz não se importar com relatório final da CPI e afirma que está sendo 'perseguido'

Chefe do Executivo diz que o culpam por tudo e que é 'brincadeira' se preocupar com o resultado final da CPI. Para Planalto, documento foi nomeado de 'relatório do Lula'

Por JORNAL DO BRASIL

Bolsonaro falou até em mortes por causa do bloqueio da rede social

Durante conversa com apoiadores no Palácio do Planalto nessa terça-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro disse não se importar com o resultado do relatório final da CPI da Covid e afirmou estar sendo perseguido.

"Para mim não pega nada, estou ignorando [a suposta perseguição]. Vou me preocupar com a CPI, por exemplo? Brincadeira. Tem acusação de suspeita de corrupção do Renan [Calheiros]", disse o presidente.

Segundo o Uol, Bolsonaro já havia reagido ao relatório final chamando Calheiros, relator do documento, de bandido e declarando que o senador estava "de sacanagem" com a intenção de pedir seu indiciamento por 11 crimes.

O chefe do Executivo também declarou na mesma conversa que se sente incompreendido e voltou a fazer críticas a governadores pelas medidas de restrição durante a pandemia do coronavírus.

"Os problemas existem, o que é duro é a incompreensão. A política do fica em casa abalou o mundo todo e o Brasil não está fora deste contexto. Tempo todo sou responsável por tudo. Se é assim, acha um cara melhor, sem problema nenhum. Tem muita gente boa candidato. […] Vou cumprir meu mandato sem problema nenhum, fazer o que é possível, mas analisem", declarou.

Resposta do Planalto
O governo já decidiu precificar o desgaste que o presidente, seus filhos e ministros sofrerão por conta do resultado das investigações da comissão.

A ideia do Planalto, segundo o Estadão, é trabalhar politicamente para tentar desqualificar as acusações e carimbá-las como sendo de cunho político e eleitoral.

O relatório teria sido nomeado de "relatório do Lula", como definiu um aliado muito próximo a Bolsonaro, citando a ligação política entre Calheiros e o petista. (com agência Sputnik Brasil)