A disputa pelas duas vagas ao Senado

Eleitores do Rio terão opções de quase todos os perfis ideológicos

Por BERNARDO DE LA PEÑA 

Pelo menos  cinco  candidatos vão disputar nas eleições de 7 de outubro as duas vagas de senador  pelo Rio de Janeiro. No ano que vem acabam os mandatos de Lindbergh Farias e de Marcelo Crivela. Entre os candidatos, há escolhas para eleitores de quase todos os gostos. No páreo, estão tanto representantes do projeto radical cujo expoente é o deputado federal  Jair Bolsonaro, quanto os que defendem o projeto do ex-presidente Lula. 

Um dos filhos de Bolsonaro, o deputado estadual Flávio Bolsonaro vai disputar a vaga no Senado pelo PSL. Outro filho do deputado,o caçula, Carlos Bolsonaro tentará uma cadeira na Câmara pelo mesmo partido. A estratégia da família é tentar construir uma bancada de apoio ao pai, caso seu projeto de se tornar presidente da República seja bem sucedido. “Nosso objetivo é dar capilaridade à candidatura dele (Jair Bolsonaro), elegendo a maior quantidade possível de aliados no Congresso para que ele tenha uma base estabelecida. 

“Essas candidaturas são filiais e não têm muito espaço fora do espectro do bolsonarismo”, afirma outro candidato a senador, o deputado Chico Alencar, que disputará uma cadeira pelo PSOL,depois de exercer quatro mandatos de deputado federal, com atividades políticas voltadas a defesa dos direitos humanos e a causas progressistas. 

Na opinião dele, um dos desafios dos candidatos nessa eleição será enfrentar o desencanto com a política. Por outro lado, o deputado afirma que seu partido, o PSOL,  é a mais nova força política do Estado, o que, na opinião dele, ficou comprovado  nas últimas duas eleições pela quantidade de votos recebida pela vereadora Marielle, morta esse mês, e  pelo professor Tarcísio, também eleito vereador na mesma eleição, depois de ter  disputado, sem sucesso, o  governo do estado em 2014. 

Já no campo liderado pelo ex-presidente Lula, o candidato é Lindbergh Farias, senador do Rio pelo PT, que terá pela frente uma dura campanha à  reeleição. Lindbergh foi escolhido pelo partido para formar a chapa com o ex-ministro Celso Amorim, candidato a governador do Rio. 

No PDT, segundo o presidente do partido, Carlos Lupi, a chapa ainda está sendo construída. Lupi já havia lançado a candidata a governadora, a delegada Martha Rocha, ex-chefe de polícia do Rio. Mas, na sexta-feira, ele disse que ainda são possíveis composições que favoreçam alianças com outros partidos. 

O empresário Omar Peres foi sondado pelo grupo ligado ao ex-prefeito Eduardo Paes para ser o candidato a senador exatamente pelo PDT.   

 Outro candidato que vai lutar para manter a cadeira em que já está é o suplente do senador Marcelo Crivella, Eduardo Lopes, que herdou o mandato de Crivella desde que ele assumiu a Prefeitura carioca. Mais ao centro, o candidato do DEM é o deputado André Corrêa, que foi duas vezes secretário de Meio Ambiente e, embora esteja no DEM, tem origem no Partido Verde. Segundo o presidente do DEM,  deputado Rodrigo Maia, a decisão só depende de André Corrêa.