PF diz que entre as provas mais robustas estão trocas de e-mails do grupo BRF

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O delegado da Polícia Federal, Maurício Moscardi Grillo, relatou nesta segunda-feira, 5, que houve trocas de e-mails "bastante consistentes" entre executivos da BRF e técnicos, com o objetivo de burlar a fiscalização e a atuação do Ministério da Agricultura. Grillo participa de entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (5), na Polícia Federal, em Curitiba (PR), para detalhar a Operação Trapaça, nova fase da Operação Carne Fraca, deflagrada em 17 de março do ano passado.

Ele explicou que foi encontrada alteração do porcentual limite de um tipo patológico. Por exemplo, a exigência legal de enquadramento era de 20%, mas foi analisada amostra com uma taxa de 70%. Segundo o delegado, a empresa não tomou cuidados sanitários em relação à contaminação do produto.

Além disso, foi constatada fraude na mistura da ração fornecida para frango, a chamada ração Premix. "Foram encontradas alterações no composto", relatou. "Não resta qualquer tipo de dúvida que houve fraude", disse.

Grillo destacou que o Ministério da Agricultura foi parceiro da Polícia Federal, na investigação. "O trabalho em conjunto rendeu muitos resultados positivos", salientou.

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