Assessor da Casa Civil de Richa que recebeu R$ 2 mi diz que empresa não foi ativa

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O assessor da Casa Civil do governo Beto Richa (PSDB), no Paraná, Carlos Felisberto Nasser, alvo de buscas e apreensão nesta quinta-feira (22), na 48ª fase da Operação Lava Jato, disse que sua empresa Power Marketing Assessoria e Planejamento "nunca esteve em atividade, nem recebeu valores expressivos". A força-tarefa, do Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita, identificaram R$ 2,2 milhões depositados nas contas da empresa entre 2007 e 2015, pela Rio Itibagi, do Grupo Triunfo, braço operacional da Econorte. Foram feitas buscas na mesa do assessor, no Palácio Iguaçu.

A Operação Integração, primeira fase da Lava Jato de Curitiba em 2018, tem como alvo esquema de corrupção e lavagem de concessionárias de rodovias federais, entre elas a Econorte, do Grupo Triunfo, a agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná e da Casa Civil do governo do Estado do Paraná.

Carlos Nasser teve pedido de prisão feito pelo Ministério Público Federal, mas negado pelo juiz federal Sérgio Moro. Foram feitas buscas em seu endereço e ele foi ouvido.

Foram presos o diretor do DER do Paraná Nelson Leal Junior, o servidor do DER Oscar Alberto da Silva Gayer, o atual diretor-presidente da concessionária Econorte, Helio Ogama, o dirigente da empresa Rio Tibagi, Leonardo Guerra, o diretor financeiro da Triunfo Participações, Sandro Antônio de Lima, e do empresário Wellington de Melo Volpato.

Segundo o pedido de prisão dos alvos, Nasser sacou a maior parte dos valores, depositados pelo grupo Triunfo. Pelo menos R$ 1,7 milhão em espécie da empresa.

Com a análise do material apreendido nas buscas feitas nos endereços de Nasser, a força-tarefa quer saber o destino dos recursos recebidos pelo assessor da Casa Civil, segundo afirmou o procurador da República Diogo Castor de Mattos.

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Fonte: Estadão Conteúdo