Atos de sexta-feira mostram que povo amadureceu e que rechaça 'golpismo'

Analistas falam das manifestações a favor da Petrobras e de Dilma, que reuniram milhares de pessoas

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As manifestações a favor da presidente Dilma Rousseff e da Petrobras, que reuniram milhares de brasileiros em diversas capitais na última sexta-feira (13), mostram o amadurecimento do povo com relação ao cenário político. Esta é a avaliação de analistas, que também destacaram a defesa dos direitos trabalhistas nos atos.

O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro Wadih Damous destaca que as manifestações mostram a força do apoio do povo ao governo e à Dilma, que vêm enfrentando sucessivos ataques por parte da oposição, inclusive com setores da sociedade defendendo o impeachment. Para Damous, isso mostra que os trabalhadores e os setores mais desfavorecidos da sociedade querem manter seus direitos trabalhistas conquistados nas últimas décadas. “As manifestações desta sexta-feira mostraram uma maturidade dos trabalhadores, que entendem não é um golpe de estado que vai resolver a situações econômica e política do país. Quem não está satisfeito com o governo deve esperar quatro anos e eleger um novo governante. Não se deve fomentar o impeachment para atingir o objetivo”, reforçou o advogado.

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Ambos os especialistas concordam que a crise econômica internacional produz adversidades para a economia do Brasil. No entanto, não existe, segundo Wadih Damous, um motivo para que isso resulte num impeachment da presidente Dilma. Segundo ele, diversos países no mundo vivem o mesmo período de crise na economia. No entanto, ele reforça que o que deve ser feito para consertar os problemas deve estar dentro da lei e dentro da Constituição. “O momento que vivemos é de crise econômica internacional. Diversos países no mundo inteiro têm vivido a mesma coisa que está se passando por aqui. Tudo isso tem que ser resolvido nos termos da democracia. Não existe nenhuma coisa fora do normal acontecendo aqui. A saída não é o golpe que estão propondo”, completou.