Dilma: defesa de "terceiro turno" é ruptura da democracia

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, após sancionar a lei que tipifica o feminicídio, que os protestos marcados para o próximo dia 15 são legítimos, mas a defesa de um 'terceiro turno' da eleição presidencial é uma 'ruptura da democracia'. "Eu acho que há que se caracterizar as razões para o impeachment e não o terceiro turno das eleições. O que não é possível no Brasil é a gente não aceitar as regras do jogo democrático. A eleição acabou, houve primeiro e houve segundo turno. Terceiro turno das eleições, para qualquer cidadão brasileiro, não pode ocorrer, a não ser que você queira uma ruptura democrática”, disse.

Dilma ressaltou que as manifestações pacíficas fazem parte do jogo democrático e lembrou que é de uma época em que, se houvesse protestos nas ruas, as pessoas acabavam na cadeia e podiam ser presas e torturadas.

A presidente afirmou que só não aceita a violência: “O que não podemos aceitar é a violência. Qualquer forma de violência nós não podemos aceitar. Mas manifestações pacíficas são da regra democrática”.

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Dilma Rousseff entende que as manifestações "não representarão a legitimidade de pedidos que rompam a democracia". “Se quiser uma ruptura democrática, eu acredito que a sociedade brasileira não aceitará rupturas democráticas. E eu acho também que nós amadurecemos suficientemente para isso”, acrescentou.